Diferenças entre edições de "Inflação"

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}}</ref> No entanto, a curto e médio prazo, pode ser afectada por pressões da oferta e da procura na economia, e influenciada pela elasticidade relativa dos salários, preços e [[Taxa de juro|taxas de juro]]. Uma questão central no debate entre as escolas monetarista e Keynesiana é se os efeitos de curto-prazo duram o suficiente para serem importantes. No [[monetarismo]], os preços e salários ajustam-se com rapidez suficiente para tornar os restantes factores um mero comportamento marginal da linha geral de tendência. Na perspectiva [[Economia Keynesiana|Keynesiana]], os preços e salários ajustam-se a taxas diferentes, e estas diferenças têm efeitos suficientes no ''output'' real para serem de "longo-prazo" na perspectiva das pessoas numa economia.
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}}</ref> No entanto, a curto e médio prazo, pode ser afectada por pressões da oferta e da procura na economia, e influenciada pela elasticidade relativa dos salários, preços e [[Taxa de juro|taxas de juro]]. Uma questão central no debate entre as escolas monetarista e Keynesiana é se os efeitos de curto-prazo duram o suficiente para serem importantes. No [[monetarismo]], os preços e salários ajustam-se com rapidez suficiente para tornar os restantes factores um mero comportamento marginal da linha geral de tendência. Na perspectiva [[Economia Keynesiana|Keynesiana]], os preços e salários ajustam-se a taxas diferentes, e estas diferenças têm efeitos suficientes no [[produto real]] para serem de "longo-prazo" na perspectiva das pessoas numa economia.
  
==Efeitos da inflação==
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===Perspectiva Keynesiana===
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A teoria económica Keynesiana propõe que a moeda é transparente às forças reais na economia, e que a inflação visível resulta de pressões na economia que se expressam nos preços.
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Existem três tipos principais de inflação, que formam o que Robert J. Gordon chama o [[modelo triangular]] da inflação:<ref>[[#Gordon1988|Gordon, Robert J. (1988)]]: Chapter 22.4 ''Modern theories of inflation''</ref>
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*'''[[Inflação pela procura]]''': inflação causada porque a procura excede a oferta, resulta do aumento da procura agregada devida a aumentos no consumo público e privado, etc. A inflação pela procura induz um ritmo maior de crescimento económico, porque a procura em excesso e as condições de mercado favoráveis estimularão o investimento e a expansão.
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*'''[[Inflação pelos custos]]''': também chamada "inflação pelo choque da oferta", é causada por quedas na oferta agregada, devidas ao aumento de preços dos ''inputs''. Por exemplo, uma queda abrupta na oferta de petróleo, aumentaria o seu preço. Os produtores para os quais o petróleo é um factor de custo, por sua vez, podem passar o aumento aos consumidores aumentando os preços dos seus produtos.
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*'''[[Inflação por inércia]]''' ou '''persistente''': induzida por expectativas adaptativas, está muitas vezes ligada à "[[espiral preços-salários]]", porque envolve um esforço dos trabalhadores para manterem os seus salários a par dos preços (os salários brutos precisam de crescer acima do [[índice de preços no consumidor]], para que na forma líquida o aumento o iguale) e dos patrões para passarem o aumento de custos aos consumidores na forma de preços mais altos, criando um ciclo vicioso. A inflação por inércia reflecte acontecimentos passados, podendo ser referida como a [[inflação de ressaca]].
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Uma das principais teorias de inflação pela oferta centra-se na oferta de moeda: a inflação pode ser causada por um aumento na quantidade de moeda em circulação relativamente à capacidade de oferta da economia (o seu [[produto potencial]]). Isto é particularmente óbvio quando os governos financiam o consumo durante uma [[crise]], como numa guerra civil, imprimindo dinheiro em excesso que normalmente gera [[hiperinflação]], uma condição na qual os preços podem duplicar em menos de um mês. Outra causa pode ser um declínio rápido da ''procura'' por dinheiro, como aconteceu na Europa durante a Peste Negra.
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Também se pensa que a oferta de moeda desempenha um papel crucial na determinação de níveis moderados de inflação, embora existam diferenças de opinião acerca da sua importância. Por exemplo os economistas [[Monetarismo|monetaristas]] acreditam que a ligação é muito forte; em contraste, a economia Keynesiana tipicamente destaca o papel da [[procura agregada]] na economia, ao invés da oferta de moeda, na determinação da inflação. Isto é, para os Keynesianos a oferta de moeda é só uma das determinantes da procura agregada. Alguns economistas discordam da noção de que os [[Banco central|bancos centrais]] controlam a oferta de moeda, argumentando que os bancos centrais têm pouco controle sobre ela, porque a oferta de moeda se adapta à procura de crédito bancário emitido pelos bancos comerciais. Esta é a teoria da [[moeda endógena]]. Fortemente advogada pelos pós-Keynesianos já desde a década de 1960, tornou-se actualmente o foco central dos defensores da [[regra Taylor]]. Esta posição não tem aceitação universal: os bancos criam dinheiro ao fazer empréstimos, mas o volume agregado destes empréstimos diminui à medida que as [[Taxa de juro real|taxas de juro reais]] aumentam. Assim, os bancos centrais influenciam a oferta de moeda tornando a moeda mais barata ou mais cara, desta forma aumentando ou diminuindo a sua produção.
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Um conceito fundamental na análise da inflação é a relação entra a inflação e o desemprego, chamada a [[curva Phillips]]. Este modelo sugere que existe um [[compromisso]] entre a estabilidade dos preços e o desemprego. Em resultado, um pequeno nível de inflação pode ser considerado desejável, de forma a minimizar o desemprego. O modelo da curva Phillips descreveu com sucesso a situação dos Estados Unidos na década de 1960 mas não conseguiu descrever a combinação de inflação em subida e estagnação económica (pode vezes referida como [[estagflação]]) da década de 1970.
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Em consequência, a macroeconomia moderna descreve a inflação usando uma curva Phillips que se ''desloca'' (de forma a alterar o compromisso entre a inflação e o desemprego) devido a factores tais como os [[Choque da oferta|choques da oferta]] e a inflação tornar-se integrante no funcionamento da economia. O primeiro, refere-se a eventos tais como os choques petrolíferos da década de 1970, enquanto o segundo se refere à [[espiral preços-salários]] e às [[espectativas inflaccionárias]], o que implica que a economia normalmente sofre inflação. Assim, a curva Phillips representa o único componente da [[inflação pela procura]] no modelo triangular.
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<!--Another concept of note is the potential output (sometimes called the "[[natural gross domestic product]]"), a level of [[GDP]], where the economy is at its optimal level of production given institutional and natural constraints. (This level of output corresponds to the Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment, [[NAIRU]], or the "natural" rate of unemployment or the full-employment unemployment rate.) If GDP exceeds its potential (and unemployment is below the NAIRU), the theory says that inflation will ''accelerate'' as suppliers increase their prices and built-in inflation worsens. If GDP falls below its potential level (and unemployment is above the NAIRU), inflation will ''decelerate'' as suppliers attempt to fill excess capacity, cutting prices and undermining built-in inflation.
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However, one problem with this theory for policy-making purposes is that the exact level of potential output (and of the NAIRU) is generally unknown and tends to change over time. Inflation also seems to act in an asymmetric way, rising more quickly than it falls. Worse, it can change because of policy: for example, high unemployment under British Prime Minister [[Margaret Thatcher]] might have led to a rise in the NAIRU (and a fall in potential) because many of the unemployed found themselves as [[Structural unemployment|structurally unemployed]] (also see [[unemployment]]), unable to find jobs that fit their skills. A rise in structural unemployment implies that a smaller percentage of the labor force can find jobs at the NAIRU, where the economy avoids crossing the threshold into the realm of accelerating inflation.
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-->==Efeitos da inflação==
 
[[Imagem:WeimarInflacao1923.jpg|thumb|right|200px|Inflação na Alemanha em 1923. Um forno é alimentado com [[Papiermark alemão|''Papiermarks'']], que ardiam por mais tempo do que a lenha que se conseguia comprar com eles.]]
 
[[Imagem:WeimarInflacao1923.jpg|thumb|right|200px|Inflação na Alemanha em 1923. Um forno é alimentado com [[Papiermark alemão|''Papiermarks'']], que ardiam por mais tempo do que a lenha que se conseguia comprar com eles.]]
 
Um aumento do nível geral dos preços acarreta uma redução do [[poder de compra]] da moeda. Isto é, quando o nível geral dos preços aumenta, cada unidade monetária compra menos [[Bem (economia)|bens]] e [[Serviço (economia)|serviços]].<ref>[[#Mankiw2002|Mankiw, N. Gregory (2002)]]: pp 81-107.</ref> O efeito da inflação não é distribuído uniformemente na economia. Em consequência, devido à redução do poder de compra, há custos escondidos para alguns e benefícios para outros. Por exemplo, com a inflação os credores (mutuantes) ou depositantes que recebem uma [[taxa de juro fixa]] por empréstimos ou depósitos, perdem poder de compra nos [[juro]]s que recebem, para benefício dos seus devedores (mutuários). Os indivíduos ou instituições com activos na forma de dinheiro, sofrem um declínio no poder de compra desses activos. Os aumentos nos salários dos trabalhadores e nas pensões, muitas vezes ocorrem com atraso em relação à inflação, especialmente aqueles com pagamentos fixos.<ref name="Taylor2008" />
 
Um aumento do nível geral dos preços acarreta uma redução do [[poder de compra]] da moeda. Isto é, quando o nível geral dos preços aumenta, cada unidade monetária compra menos [[Bem (economia)|bens]] e [[Serviço (economia)|serviços]].<ref>[[#Mankiw2002|Mankiw, N. Gregory (2002)]]: pp 81-107.</ref> O efeito da inflação não é distribuído uniformemente na economia. Em consequência, devido à redução do poder de compra, há custos escondidos para alguns e benefícios para outros. Por exemplo, com a inflação os credores (mutuantes) ou depositantes que recebem uma [[taxa de juro fixa]] por empréstimos ou depósitos, perdem poder de compra nos [[juro]]s que recebem, para benefício dos seus devedores (mutuários). Os indivíduos ou instituições com activos na forma de dinheiro, sofrem um declínio no poder de compra desses activos. Os aumentos nos salários dos trabalhadores e nas pensões, muitas vezes ocorrem com atraso em relação à inflação, especialmente aqueles com pagamentos fixos.<ref name="Taylor2008" />
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*'''[[Custo de solas]]''': A inflação elevada aumenta o custo de oportunidade de se deter dinheiro, podendo induzir as pessoas a colocarem uma maior porção dos seus activos em depósitos remunerados. Como, no entanto, o dinheiro continua a ser necessário para efectuar transacções, são necessárias mais "idas ao banco" para fazer levantamentos, assim incorrendo metaforicamente no custo de desgaste de solas em cada viagem. Por outras palavras, a detenção de menores quantidades de numerário acarreta custos de transacção mais elevados.
 
*'''[[Custo de solas]]''': A inflação elevada aumenta o custo de oportunidade de se deter dinheiro, podendo induzir as pessoas a colocarem uma maior porção dos seus activos em depósitos remunerados. Como, no entanto, o dinheiro continua a ser necessário para efectuar transacções, são necessárias mais "idas ao banco" para fazer levantamentos, assim incorrendo metaforicamente no custo de desgaste de solas em cada viagem. Por outras palavras, a detenção de menores quantidades de numerário acarreta custos de transacção mais elevados.
  
*'''[[Custos de menu]]''': Num ambiente de inflação elevada, as empresas vêem-se na necessidade de alterar preços frequentemente, de forma a manterem-se a par das mudanças globais na economia. A alteração frequente de preços é, em si mesma, uma actividade onerosa quer de forma explícita, pela alteração de listas de preços e menus, quer implícita.
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*'''[[Custos de ementa]]''': Num ambiente de inflação elevada, as empresas vêem-se na necessidade de alterar preços frequentemente, de forma a manterem-se a par das mudanças globais na economia. A alteração frequente de preços é, em si mesma, uma actividade onerosa quer de forma explícita, pela alteração de listas de preços e ementas, quer implícita.
  
 
*'''A Escola Austríaca'''. De acordo com a [[Teoria Austríaca do Ciclo Económico]], a inflação inicia o ciclo económico. Os economistas austríacos contendem que este é o efeito mais pernicioso da inflação. De acordo com a teoria, taxas de juro artificialmente baixas e o aumento relacionado na oferta de moeda, conduzem à tomada de dívida sem olhar a riscos e especulativa, resultando em conjuntos de maus investimentos que têm de ser eventualmente liquidados à medida que se tornam insustentáveis.<ref>{{cite web
 
*'''A Escola Austríaca'''. De acordo com a [[Teoria Austríaca do Ciclo Económico]], a inflação inicia o ciclo económico. Os economistas austríacos contendem que este é o efeito mais pernicioso da inflação. De acordo com a teoria, taxas de juro artificialmente baixas e o aumento relacionado na oferta de moeda, conduzem à tomada de dívida sem olhar a riscos e especulativa, resultando em conjuntos de maus investimentos que têm de ser eventualmente liquidados à medida que se tornam insustentáveis.<ref>{{cite web
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Annual escalation clauses in employment contracts can specify retroactive or future percentage increases in worker pay which are not tied to any index. These negotiated increases in pay are colloquially referred to as cost-of-living adjustments or cost-of-living increases because of their similarity to increases tied to externally-determined indexes. Most economists and compensation analysts would consider the idea of predetermined future "cost of living increases" to be misleading for two reasons: (1) For most recent periods in the industrialized world, average wages have increased faster than most calculated cost-of-living indexes, reflecting the influence of rising [[productivity]] and worker [[bargaining power]] rather than simply living costs, and (2) most cost-of-living indexes are not forward-looking, but instead compare current or historical data.
 
Annual escalation clauses in employment contracts can specify retroactive or future percentage increases in worker pay which are not tied to any index. These negotiated increases in pay are colloquially referred to as cost-of-living adjustments or cost-of-living increases because of their similarity to increases tied to externally-determined indexes. Most economists and compensation analysts would consider the idea of predetermined future "cost of living increases" to be misleading for two reasons: (1) For most recent periods in the industrialized world, average wages have increased faster than most calculated cost-of-living indexes, reflecting the influence of rising [[productivity]] and worker [[bargaining power]] rather than simply living costs, and (2) most cost-of-living indexes are not forward-looking, but instead compare current or historical data.
 
===Keynesian view===
 
 
[[Keynesian]] economic theory proposes that money is transparent to real forces in the economy, and that visible inflation is the result of pressures in the economy expressing themselves in prices.
 
 
There are three major types of inflation, as part of what [[Robert J. Gordon]] calls the "[[triangle model]]":<ref>Robert J. Gordon (1988), ''Macroeconomics: Theory and Policy'', 2nd ed., Chap. 22.4, 'Modern theories of inflation'. McGraw-Hill.</ref>
 
*[[Demand-pull inflation]]: inflation caused by increases in aggregate demand due to increased private and government spending, etc. Demand inflation is constructive to a faster rate of economic growth since the excess demand and favourable market conditions will stimulate investment and expansion.
 
*[[Cost-push inflation]]: also called "supply shock inflation," caused by drops in aggregate supply due to increased prices of inputs, for example. Take for instance a sudden decrease in the supply of oil, which would increase oil prices. Producers for whom oil is a part of their costs could then pass this on to consumers in the form of increased prices.
 
*[[Built-in inflation]]: induced by [[adaptive expectations]], often linked to the "[[price/wage spiral]]" because it involves workers trying to keep their wages up (gross wages have to increase above the CPI rate to net to CPI after-tax) with prices and then employers passing higher costs on to consumers as higher prices as part of a "vicious circle." Built-in inflation reflects events in the past, and so might be seen as [[hangover inflation]].
 
 
A major demand-pull theory centers on the supply of money: inflation may be caused by an increase in the quantity of [[money]] in circulation relative to the ability of the economy to supply (its [[potential output]]). This is most obvious when governments finance spending in a crisis, such as a civil war, by printing money excessively, often leading to [[hyperinflation]], a condition where prices can double in a month or less. Another cause can be a rapid decline in the ''demand'' for money, as happened in Europe during the [[Black Death]].
 
 
The money supply is also thought to play a major role in determining moderate levels of inflation, although there are differences of opinion on how important it is. For example, [[Monetarism|Monetarist]] economists believe that the link is very strong; Keynesian economics, by contrast, typically emphasize the role of [[aggregate demand]] in the economy rather than the money supply in determining inflation. That is, for Keynesians the money supply is only one determinant of aggregate demand. Some economists disagree with the notion that central banks control the money supply, arguing that central banks have little control because the money supply adapts to the demand for bank credit issued by commercial banks. This is the theory of endogenous money. Advocated strongly by post-Keynesians as far back as the 1960s, it has today become a central focus of [[Taylor rule]] advocates. This position is not universally accepted: banks create money by making loans, but the aggregate volume of these loans diminishes as real interest rates increase. Thus, central banks influence the money supply by making money cheaper or more expensive, and thus increasing or decreasing its production.
 
 
A fundamental concept in inflation analysis is the relationship between inflation and unemployment, called the [[Phillips curve]]. This model suggests that there is a [[trade-off]] between price stability and employment. Therefore, some level of inflation could be considered desirable in order to minimize unemployment. The Phillips curve model described the U.S. experience well in the 1960s but failed to describe the combination of rising inflation and economic stagnation (sometimes referred to as ''[[stagflation]]'') experienced in the 1970s.
 
 
Thus, modern macroeconomics describes inflation using a Phillips curve that ''shifts'' (so the trade-off between inflation and unemployment changes) because of such matters as supply shocks and inflation becoming built into the normal workings of the economy. The former refers to such events as the oil shocks of the 1970s, while the latter refers to the price/wage spiral and [[inflationary expectations]] implying that the economy "normally" suffers from inflation. Thus, the Phillips curve represents only the demand-pull component of the triangle model.
 
 
Another concept of note is the potential output (sometimes called the "[[natural gross domestic product]]"), a level of [[GDP]], where the economy is at its optimal level of production given institutional and natural constraints. (This level of output corresponds to the Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment, [[NAIRU]], or the "natural" rate of unemployment or the full-employment unemployment rate.) If GDP exceeds its potential (and unemployment is below the NAIRU), the theory says that inflation will ''accelerate'' as suppliers increase their prices and built-in inflation worsens. If GDP falls below its potential level (and unemployment is above the NAIRU), inflation will ''decelerate'' as suppliers attempt to fill excess capacity, cutting prices and undermining built-in inflation.
 
 
However, one problem with this theory for policy-making purposes is that the exact level of potential output (and of the NAIRU) is generally unknown and tends to change over time. Inflation also seems to act in an asymmetric way, rising more quickly than it falls. Worse, it can change because of policy: for example, high unemployment under British Prime Minister [[Margaret Thatcher]] might have led to a rise in the NAIRU (and a fall in potential) because many of the unemployed found themselves as [[Structural unemployment|structurally unemployed]] (also see [[unemployment]]), unable to find jobs that fit their skills. A rise in structural unemployment implies that a smaller percentage of the labor force can find jobs at the NAIRU, where the economy avoids crossing the threshold into the realm of accelerating inflation.
 
 
 
===Monetarist view===
 
===Monetarist view===
 
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==Referências==
 
==Referências==
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*{{cite book | title = Macroeconomics: Theory and Policy | first = Robert J. | last = Gordon | date = 1988 | edition = 2nd ed | publisher = McGraw-Hill | ref = Gordon1988
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*{{cite book | url = http://books.google.com/books?id=WXwfMDDYOdkC | title = The Taxation of Income from Business and Capital in Colombia: Fiscal Reform in the Developing World | last = McLure | first = Charles E. | coauthors = Muti, John; Thuronyi, Victor; Zodrow, George R. | publisher = Duke University Press | date = 1990 | isbn = 0822309254 | language = en | ref = McLure1990}}
 
*{{cite book | url = http://books.google.com/books?id=WXwfMDDYOdkC | title = The Taxation of Income from Business and Capital in Colombia: Fiscal Reform in the Developing World | last = McLure | first = Charles E. | coauthors = Muti, John; Thuronyi, Victor; Zodrow, George R. | publisher = Duke University Press | date = 1990 | isbn = 0822309254 | language = en | ref = McLure1990}}
 
*{{cite book | title = Macroeconomics | last = Barro | first = Robert | date = 1993 | edition = 4th ed. | language = en | ref = Barro1993}}
 
*{{cite book | title = Macroeconomics | last = Barro | first = Robert | date = 1993 | edition = 4th ed. | language = en | ref = Barro1993}}

Revisão das 10h49min de 9 de dezembro de 2008

<metadesc content="Inflação é o aumento generalizado do nível de preços dos bens e serviços de uma economia, durante um período de tempo." />

Taxas de inflação no mundo em 2007.

Em economia, inflação é o aumento generalizado do nível de preços dos bens e serviços de uma economia, durante um período de tempo.<ref>Burda, Michael; Wyplosz, Charles (1997): p. 579, Glossary. Blanchard, Olivier (2000): Glossary. Barro, Robert (1993): Glossary. Abel, Andrew; Bernanke, Ben (1994): Glossary.</ref> Quando o nível geral dos preços aumenta, cada unidade da moeda compra menos bens e serviços. A principal medida da inflação é a taxa de inflação, isto é, a percentagem de variação de um índice de preços no tempo.<ref>Mankiw, N. Gregory (2002): pp 22-32.</ref>

O termo "inflação" já foi usado para referir aumentos na oferta de moeda (money supply) — a actualmente designada inflação monetária. No entanto, debates económicos sobre a relação entre a oferta de moeda e os níveis dos preços conduziram ao significado actual de "inflação dos preços".<ref name="Bryan">Michael F. Bryan, On the Origin and Evolution of the Word 'Inflation'.</ref> A inflação também pode ser descrita como um declínio no valor real da moeda — uma redução do poder de compra.<ref>Why price stability? (em inglês), Banco Central da Islândia.</ref>

A inflação pode ter efeitos adversos na economia. Por exemplo, incerteza acerca da inflação futura pode desencorajar o investimento e a poupança. A inflação pode aumentar a diferença no rendimento entre aqueles com rendimentos fixos e aqueles com rendimentos variáveis. Uma inflação elevada pode causar escassez de bens porque os consumidores os açambarcam por receio de que os seus preços venham a aumentar.

Os economistas concordam em geral que taxas de inflação elevadas e hiperinflação são causadas por um crescimento excessivo da oferta de moeda.<ref>Barro, Robert; Grilli, Vittorio (1994): Cap. 8, p. 139, Fig. 8.1.</ref> O consenso é menor sobre que factores determinam taxas de inflação moderadas. Uma inflação moderada ou reduzida pode ser atribuída a flutuações na procura real de bens e serviços, a mudanças na oferta disponível como acontece durante períodos de escassez, e também ao crescimento da oferta de moeda. O ponto de vista que reúne consenso é o de que um período sustentado de inflação é causado quando a oferta de moeda aumenta mais rapidamente do que o aumento da produtividade na economia.<ref>Mankiw, N. Gregory (2002): pp 81-107. Abel, Andrew; Bernanke, Ben (2005): pp 266-269.</ref>

A tarefa de manter uma taxa de inflação reduzida é normalmente atribuída a autoridades monetárias que estabelecem a política monetária. Actualmente, as autoridades monetárias são em geral bancos centrais que controlam a dimensão da oferta de moeda estabelecendo taxas directoras, através de operações de mercado aberto, e determinando as exigências de reservas bancárias.<ref name="Taylor2008">Taylor, Timothy (2008).</ref>

Origens do termo

Originalmente, o termo inflação referia-se à degradação (debasement) da moeda. Quando o ouro era usado como moeda, as moedas de ouro podiam ser recolhidas pelo governo (ou rei ou governante de uma região), derretidas, misturadas com outros metais como prata, cobre ou chumbo, e emitidas novamente ao mesmo valor nominal. Ao misturar o ouro com outros metais, o governo podia aumentar o número total de moedas emitidas sem aumentar a quantidade de ouro usada para criá-las. Quando o custo de cada moeda é reduzido desta forma, o governo lucra pelo aumento da senhoriagem.<ref>Annual Report (em inglês) p. 4. Royal Canadian Mint (2006).</ref> Esta prática aumentava a oferta de moeda mas, ao mesmo tempo, reduzia o valor relativo de cada moeda. Porque o valor relativo das moedas diminuia, os consumidores necessitavam de mais moedas para adquirir os mesmos bens e serviços. Estes bens e serviços aumentam de preço à medida que o valor de cada moeda é reduzido.<ref>Shostak, Frank. Commodity Prices and Inflation: What's the connection (em inglês). Mises Institute.</ref>

Já no século XIX, os economistas categorizavam três factores distintos que causam a subida ou descida de preços: uma alteração no valor de um bem ou no seu custo em recursos, uma alteração no "preço do dinheiro" o que nessa altura era normalmente uma flutuação no conteúdo metálico da moeda, e a "depreciação da moeda" resultante de um aumento na oferta de moeda em relação à quantidade de metal conversível que a suportava. Na sequência da proliferação de notas bancárias privadas impressas durante a Guerra Civil Americana, o termo "inflação" começou a aparecer como referência directa à "depreciação da moeda", que ocorreu à medida que a quantidade de notas bancárias conversíveis excedia a quantidade de metal disponível para a sua conversão. O termo inflação referia-se então à desvalorização da moeda e não ao aumento de preço dos bens.<ref name="Bryan" />

Esta relação entre a oferta excessiva de notas bancárias e a resultante depreciação do seu valor foi notada pelos primeiros economistas clássicos, como David Hume e David Ricardo, que viriam a examinar e debater o efeito que a desvalorização da moeda (mais tarde designada inflação monetária) tem no preço dos bens (mais tarde designada inflação dos preços).<ref>Blaug, Mark (1997): "...this was the cause of inflation, or, to use the language of the day, 'the depreciation of banknotes.'" (p. 128).</ref>

Causas da inflação

Muita da literatura económica concerne a questão do que é que causa a inflação e qual é o efeito que esta tem. Há várias escolas de pensamento sobre as causas da inflação. A maioria pode ser dividida em duas grandes áreas: teorias qualitativas e teorias quantitativas. Muitas teorias combinam ambas as áreas. A teoria qualitativa da inflação tem por base a expectativa do vendedor, ao aceitar moeda, de que será capaz de trocar essa moeda mais tarde por bens que lhe interessem como comprador. A teoria quantitativa da inflação assenta na equação da oferta de moeda, da sua velocidade e das trocas de moeda. Adam Smith e David Hume propuseram uma teoria quantitativa da inflação para o dinheiro e uma teoria qualitativa da inflação para a produção.

Existe um consenso generalizado entre os economistas de que, a longo prazo, a inflação é essencialmente um fenómeno monetário. <ref>Greenspan, Alan (20 Jul 2004). Federal Reserve Board's semiannual Monetary Policy Report to the Congress (em inglês). The Federal Reserve Board.
Bernanke, Ben S. (23 Jul 2003). An Unwelcome Fall in Inflation? (em inglês). The Federal Reserve Board.
Trichet, Jean-Claude (1 Jul 2004). Introductory statement to the press conference (em inglês). Banco Central Europeu.</ref> No entanto, a curto e médio prazo, pode ser afectada por pressões da oferta e da procura na economia, e influenciada pela elasticidade relativa dos salários, preços e taxas de juro. Uma questão central no debate entre as escolas monetarista e Keynesiana é se os efeitos de curto-prazo duram o suficiente para serem importantes. No monetarismo, os preços e salários ajustam-se com rapidez suficiente para tornar os restantes factores um mero comportamento marginal da linha geral de tendência. Na perspectiva Keynesiana, os preços e salários ajustam-se a taxas diferentes, e estas diferenças têm efeitos suficientes no produto real para serem de "longo-prazo" na perspectiva das pessoas numa economia.

Perspectiva Keynesiana

A teoria económica Keynesiana propõe que a moeda é transparente às forças reais na economia, e que a inflação visível resulta de pressões na economia que se expressam nos preços.

Existem três tipos principais de inflação, que formam o que Robert J. Gordon chama o modelo triangular da inflação:<ref>Gordon, Robert J. (1988): Chapter 22.4 Modern theories of inflation</ref>

  • Inflação pela procura: inflação causada porque a procura excede a oferta, resulta do aumento da procura agregada devida a aumentos no consumo público e privado, etc. A inflação pela procura induz um ritmo maior de crescimento económico, porque a procura em excesso e as condições de mercado favoráveis estimularão o investimento e a expansão.
  • Inflação pelos custos: também chamada "inflação pelo choque da oferta", é causada por quedas na oferta agregada, devidas ao aumento de preços dos inputs. Por exemplo, uma queda abrupta na oferta de petróleo, aumentaria o seu preço. Os produtores para os quais o petróleo é um factor de custo, por sua vez, podem passar o aumento aos consumidores aumentando os preços dos seus produtos.
  • Inflação por inércia ou persistente: induzida por expectativas adaptativas, está muitas vezes ligada à "espiral preços-salários", porque envolve um esforço dos trabalhadores para manterem os seus salários a par dos preços (os salários brutos precisam de crescer acima do índice de preços no consumidor, para que na forma líquida o aumento o iguale) e dos patrões para passarem o aumento de custos aos consumidores na forma de preços mais altos, criando um ciclo vicioso. A inflação por inércia reflecte acontecimentos passados, podendo ser referida como a inflação de ressaca.

Uma das principais teorias de inflação pela oferta centra-se na oferta de moeda: a inflação pode ser causada por um aumento na quantidade de moeda em circulação relativamente à capacidade de oferta da economia (o seu produto potencial). Isto é particularmente óbvio quando os governos financiam o consumo durante uma crise, como numa guerra civil, imprimindo dinheiro em excesso que normalmente gera hiperinflação, uma condição na qual os preços podem duplicar em menos de um mês. Outra causa pode ser um declínio rápido da procura por dinheiro, como aconteceu na Europa durante a Peste Negra.

Também se pensa que a oferta de moeda desempenha um papel crucial na determinação de níveis moderados de inflação, embora existam diferenças de opinião acerca da sua importância. Por exemplo os economistas monetaristas acreditam que a ligação é muito forte; em contraste, a economia Keynesiana tipicamente destaca o papel da procura agregada na economia, ao invés da oferta de moeda, na determinação da inflação. Isto é, para os Keynesianos a oferta de moeda é só uma das determinantes da procura agregada. Alguns economistas discordam da noção de que os bancos centrais controlam a oferta de moeda, argumentando que os bancos centrais têm pouco controle sobre ela, porque a oferta de moeda se adapta à procura de crédito bancário emitido pelos bancos comerciais. Esta é a teoria da moeda endógena. Fortemente advogada pelos pós-Keynesianos já desde a década de 1960, tornou-se actualmente o foco central dos defensores da regra Taylor. Esta posição não tem aceitação universal: os bancos criam dinheiro ao fazer empréstimos, mas o volume agregado destes empréstimos diminui à medida que as taxas de juro reais aumentam. Assim, os bancos centrais influenciam a oferta de moeda tornando a moeda mais barata ou mais cara, desta forma aumentando ou diminuindo a sua produção.

Um conceito fundamental na análise da inflação é a relação entra a inflação e o desemprego, chamada a curva Phillips. Este modelo sugere que existe um compromisso entre a estabilidade dos preços e o desemprego. Em resultado, um pequeno nível de inflação pode ser considerado desejável, de forma a minimizar o desemprego. O modelo da curva Phillips descreveu com sucesso a situação dos Estados Unidos na década de 1960 mas não conseguiu descrever a combinação de inflação em subida e estagnação económica (pode vezes referida como estagflação) da década de 1970.

Em consequência, a macroeconomia moderna descreve a inflação usando uma curva Phillips que se desloca (de forma a alterar o compromisso entre a inflação e o desemprego) devido a factores tais como os choques da oferta e a inflação tornar-se integrante no funcionamento da economia. O primeiro, refere-se a eventos tais como os choques petrolíferos da década de 1970, enquanto o segundo se refere à espiral preços-salários e às espectativas inflaccionárias, o que implica que a economia normalmente sofre inflação. Assim, a curva Phillips representa o único componente da inflação pela procura no modelo triangular.

Efeitos da inflação

Inflação na Alemanha em 1923. Um forno é alimentado com Papiermarks, que ardiam por mais tempo do que a lenha que se conseguia comprar com eles. Um aumento do nível geral dos preços acarreta uma redução do poder de compra da moeda. Isto é, quando o nível geral dos preços aumenta, cada unidade monetária compra menos bens e serviços.<ref>Mankiw, N. Gregory (2002): pp 81-107.</ref> O efeito da inflação não é distribuído uniformemente na economia. Em consequência, devido à redução do poder de compra, há custos escondidos para alguns e benefícios para outros. Por exemplo, com a inflação os credores (mutuantes) ou depositantes que recebem uma taxa de juro fixa por empréstimos ou depósitos, perdem poder de compra nos juros que recebem, para benefício dos seus devedores (mutuários). Os indivíduos ou instituições com activos na forma de dinheiro, sofrem um declínio no poder de compra desses activos. Os aumentos nos salários dos trabalhadores e nas pensões, muitas vezes ocorrem com atraso em relação à inflação, especialmente aqueles com pagamentos fixos.<ref name="Taylor2008" />

Taxas de inflação altas ou imprevisíveis são consideradas prejudiciais para a economia. Geram ineficiências no mercado e, para as empresas, dificultam a elaboração de orçamentos e o planeamento de longo-prazo. A inflação pode ser um entrave à produtividade, na medida em que as companhias, ao focarem os lucros e prejuízos devidos à inflação monetária, são forçadas a desviar recursos da produção de produtos e serviços.<ref name="Taylor2008" /> A incerteza acerca do poder de compra futuro do dinheiro desencoraja o investimento e as poupanças.<ref>Bulkley, George (Mar 1981). "Personal Savings and Anticipated Inflation". The Economic Journal 91 (361): pp. 124-135. </ref> Quando é reflectida a nível salarial, mas não tributário, a inflação pode traduzir aumentos de impostos ocultos, na medida em que os rendimentos inflaccionados podem empurrar os contribuintes para escalões de tributação superiores.

Com uma inflação elevada, o poder de compra é redistribuído daqueles com rendimentos fixos, como os pensionistas, para aqueles com rendimentos variáveis cujos salários se podem manter mais a par da inflação.<ref name="Taylor2008" /> Esta redistribuição do poder de compra também ocorre nas relações comerciais internacionais. Quando são impostas taxas de câmbio fixas, o aumento da inflação numa economia causa o aumento de preço das suas exportações e afecta a balança comercial. A instabilidade das taxas de câmbio, causada pela imprevisibilidade na inflação, pode também ter impactos negativos no comércio externo.

Outros efeitos da inflação:

  • Inflação pelos custos. Uma inflação em ascensão pode levar as organizações sindicais a exigir salários mais altos, de forma a acompanhar os preços no consumidor. Salários em ascensão, por sua vez, podem alimentar a inflação. No caso de reinvindicações colectivas, os salários serão um factor nas expectativas dos preços, sendo maiores quando a inflação está em ascensão. Isto pode causar uma espiral salarial.<ref>The cost-push theory (em inglês), Encyclopedia Britannica.</ref> Pode dizer-se que a inflação gera expectativas inflaccionárias.
  • Açambarcamento. As pessoas adquirem bens de consumo duráveis como forma de armazenar riqueza na ausência de alternativas viáveis, para aplicarem a moeda em excesso antes que esta se desvalorize, assim criando escassez dos objectos armazenados.
  • Hiperinflação. Se a inflação sai completamente fora de controlo (no sentido ascendente), pode interferir gravemente com o funcionamento normal da economia, prejudicando a sua capacidade de fornecer oferta.
  • Custo de solas: A inflação elevada aumenta o custo de oportunidade de se deter dinheiro, podendo induzir as pessoas a colocarem uma maior porção dos seus activos em depósitos remunerados. Como, no entanto, o dinheiro continua a ser necessário para efectuar transacções, são necessárias mais "idas ao banco" para fazer levantamentos, assim incorrendo metaforicamente no custo de desgaste de solas em cada viagem. Por outras palavras, a detenção de menores quantidades de numerário acarreta custos de transacção mais elevados.
  • Custos de ementa: Num ambiente de inflação elevada, as empresas vêem-se na necessidade de alterar preços frequentemente, de forma a manterem-se a par das mudanças globais na economia. A alteração frequente de preços é, em si mesma, uma actividade onerosa quer de forma explícita, pela alteração de listas de preços e ementas, quer implícita.
  • A Escola Austríaca. De acordo com a Teoria Austríaca do Ciclo Económico, a inflação inicia o ciclo económico. Os economistas austríacos contendem que este é o efeito mais pernicioso da inflação. De acordo com a teoria, taxas de juro artificialmente baixas e o aumento relacionado na oferta de moeda, conduzem à tomada de dívida sem olhar a riscos e especulativa, resultando em conjuntos de maus investimentos que têm de ser eventualmente liquidados à medida que se tornam insustentáveis.<ref>Polleit, Thorsten (14 Mar 2008). Inflation Is a Policy that Cannot Last (em inglês). Mises Institute.</ref>
  • A inflação deteriora o valor real de pagamentos nominalmente fixos. O valor real de pagamentos nominalmente fixos (como rendas, salários, juros e impostos) é reduzido pela inflação.<ref>Nafziger, E. Wayne (2006): "inflation erodes the purchasing power of the constant nominal payments" (p. 488)</ref><ref>Shen, Pu (1998). "Features and risks of Treasury inflation protection securities" (em inglês). Economic Review First Quarter, 1998: p. 25. Federal Reserve Bank of Kansas City. “In comparison, the interest payments of a conventional bond are constant in nominal terms but decline in real terms since inflation erodes the purchasing power of fixed payments over time.” </ref> Nalguns países, pagamentos deste género são ajustados pela inflação numa base anual.<ref>Keeping fixed payments adjusted for inflation (em inglês). Statistics, New Zealand. “Annual adjustments to government income support benefits.”</ref>

Alguns efeitos possivelmente positivos de uma inflação moderada são:

  • Ajustamentos do mercado laboral: Os Keynesianos acreditam que os salários nominais se ajustam de forma lenta, quando no sentido descendente. Isto pode gerar um desiquilíbrio prolongado e provocar taxas de desemprego elevadas no mercado de trabalho. Como a inflação reduziria os salários reais se os salários nominais fossem mantidos constantes, os Keynesianos argumentam que alguma inflação é positiva para a economia, porque permitiria que os mercados de trabalho atingissem o ponto de equilíbrio mais rapidamente.
  • Espaço de manobra: As principais formas de controlar a oferta de moeda são a capacidade de determinar a taxa de desconto, a que os bancos se endividam junto do banco central, e as operações em mercado aberto, que são as intervenções do banco central no mercado de obrigações com o intuito de afectar a taxa de juro nominal. Se uma economia se encontra em recessão, com taxas de juro nominais já reduzidas, ou nulas, então o banco não as pode reduzir para estimular a economia, posto que taxas de juro nominais negativas são impossíveis. Esta situação é conhecida como uma armadilha de liquidez. Um nível de inflação moderado tende a garantir que as taxas de juro nominais se mantêm suficientemente acima de zero para permitir, caso seja necessário, que o banco central corte a taxa de juro nominal.
  • O efeito Tobin: O economista James Tobin, galardoado com o prémio Nobel, tinha argumentado a certo ponto que um nível moderado de inflação pode aumentar o investimento numa economia, conduzindo a um crescimento mais rápido ou, pelo menos, a um nível de estabilidade dos rendimentos mais alto. Isto é devido ao facto de que a inflação reduz o retorno dos activos monetários em relação aos activos reais. Para evitar a inflação, os investidores optariam por deter os seus activos não na forma de moeda (ou outra igualmente susceptível aos efeitos da inflação) mas sim em projectos de capital real. Ver modelo monetário de Tobin.<ref>Tobin, James (1965). "Money and Economic Growth" (em inglês). Econometrica 33. </ref>


Ver também

Notas

<references />

Referências

  • Gordon, Robert J. (1988). Macroeconomics: Theory and Policy, 2nd ed, McGraw-Hill.
  • Barro, Robert (1993). Macroeconomics, 4th ed. (em inglês).
  • Abel, Andrew; Bernanke, Ben (2005). Macroeconomics, 5th ed. (em inglês), Pearson.