Diferenças entre edições de "Benchmark"
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− | A ideia é aferir do valor de uma dada performance não pelo seu valor absoluto, mas sim pelo valor relativo alcançado face ao mercado. Isto acontece porque é completamente diferente de ganhar 10% quando um mercado sobe 10%, de ganhar os mesmos 10% quando o mercado cai 20% ou sobe 50%. | + | A ideia é aferir do valor de uma dada [[performance]] não pelo seu valor absoluto, mas sim pelo valor relativo alcançado face ao mercado. Isto acontece porque é completamente diferente de ganhar 10% quando um mercado sobe 10%, de ganhar os mesmos 10% quando o mercado cai 20% ou sobe 50%. |
Assim, cada fundo tende a estabelecer qual é o seu benchmark, com o qual comparará a sua performance. Esse benchmark obviamente tende a ter alguma relação com o campo de actuação do fundo. Um fundo exclusivamente Português pode escolher como benchmark o [[PSI20]], enquanto um Americano certamente tenderá a escolher o [[S&P500]], ou o [[Wilshire 5000]] ou um outro indíce relevante. | Assim, cada fundo tende a estabelecer qual é o seu benchmark, com o qual comparará a sua performance. Esse benchmark obviamente tende a ter alguma relação com o campo de actuação do fundo. Um fundo exclusivamente Português pode escolher como benchmark o [[PSI20]], enquanto um Americano certamente tenderá a escolher o [[S&P500]], ou o [[Wilshire 5000]] ou um outro indíce relevante. | ||
− | Um fundo de obrigações, tenderá a escolher um benchmark que represente uma curva de taxas de juro (com várias maturidades), um fundo de commodities um basket de commodities ou um indíce que represente tal basket. | + | Um fundo de obrigações, tenderá a escolher um benchmark que represente uma [[curva de taxas de juro]] (com várias maturidades), um fundo de commodities, um [[basket]] de [[commodities]] ou um indíce que represente tal basket. |
A ideia é tornar-se possível compreender quanto da performance de um fundo é devida à gestão do dito, e quanto dessa performance é simplesmente decorrente da evolução do mercado no qual o fundo investe. | A ideia é tornar-se possível compreender quanto da performance de um fundo é devida à gestão do dito, e quanto dessa performance é simplesmente decorrente da evolução do mercado no qual o fundo investe. | ||
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Um efeito da maioria dos fundos ter um benchmark, é que a maioria dos fundos perde para o benchmark. A razão é relativamente simples, a totalidade dos fundos tende a ser uma amostra representativa do mercado, e tende a comportar-se como o mercado. Porém os fundos como um todo estão sujeitos a custos de fricção (custos de compra e venda, spreads, etc), e a várias comissões (gestão, custódia, etc). O resultado é que o bolo dos fundos tende a comportar-se como um mercado MENOS esses custos, e portanto a maioria dos fundos perde para o mercado. | Um efeito da maioria dos fundos ter um benchmark, é que a maioria dos fundos perde para o benchmark. A razão é relativamente simples, a totalidade dos fundos tende a ser uma amostra representativa do mercado, e tende a comportar-se como o mercado. Porém os fundos como um todo estão sujeitos a custos de fricção (custos de compra e venda, spreads, etc), e a várias comissões (gestão, custódia, etc). O resultado é que o bolo dos fundos tende a comportar-se como um mercado MENOS esses custos, e portanto a maioria dos fundos perde para o mercado. | ||
− | Isso levou à emergência de outro fenómeno: os [[fundos índice]], que visam simplesmente replicar a estrutura do benchmark, e ao não possuirem gestão activa e ao transaccionarem menos, conseguem ter custos muito menores e portanto em média bater os seus pares da gestão activa. | + | Isso levou à emergência de outro fenómeno: os [[Fundo índice|fundos índice]], que visam simplesmente replicar a estrutura do benchmark, e ao não possuirem gestão activa e ao transaccionarem menos, conseguem ter custos muito menores e portanto em média bater os seus pares da gestão activa. |
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− | == | + | ==Ver também== |
− | *[ | + | *[[Gestão activa]] |
+ | *[[Gestão passiva]] | ||
+ | *[[Indexação]] | ||
+ | *[[Closet indexing]] | ||
+ | *[[Fundo de investimento]] | ||
+ | *[[O que a gestão de fundos NÃO é]] | ||
[[Categoria:Conceitos]] | [[Categoria:Conceitos]] |
Edição atual desde as 08h52min de 7 de dezembro de 2008
Um Benchmark é um valor ou ponto de referência para uma medida. No mercado de capitais, regra geral usa-se como benchmark um índice accionista, funcionando o índice como proxy ou substituto/representante do mercado.
A ideia é aferir do valor de uma dada performance não pelo seu valor absoluto, mas sim pelo valor relativo alcançado face ao mercado. Isto acontece porque é completamente diferente de ganhar 10% quando um mercado sobe 10%, de ganhar os mesmos 10% quando o mercado cai 20% ou sobe 50%.
Assim, cada fundo tende a estabelecer qual é o seu benchmark, com o qual comparará a sua performance. Esse benchmark obviamente tende a ter alguma relação com o campo de actuação do fundo. Um fundo exclusivamente Português pode escolher como benchmark o PSI20, enquanto um Americano certamente tenderá a escolher o S&P500, ou o Wilshire 5000 ou um outro indíce relevante.
Um fundo de obrigações, tenderá a escolher um benchmark que represente uma curva de taxas de juro (com várias maturidades), um fundo de commodities, um basket de commodities ou um indíce que represente tal basket.
A ideia é tornar-se possível compreender quanto da performance de um fundo é devida à gestão do dito, e quanto dessa performance é simplesmente decorrente da evolução do mercado no qual o fundo investe.
Efeito
Um efeito da maioria dos fundos ter um benchmark, é que a maioria dos fundos perde para o benchmark. A razão é relativamente simples, a totalidade dos fundos tende a ser uma amostra representativa do mercado, e tende a comportar-se como o mercado. Porém os fundos como um todo estão sujeitos a custos de fricção (custos de compra e venda, spreads, etc), e a várias comissões (gestão, custódia, etc). O resultado é que o bolo dos fundos tende a comportar-se como um mercado MENOS esses custos, e portanto a maioria dos fundos perde para o mercado.
Isso levou à emergência de outro fenómeno: os fundos índice, que visam simplesmente replicar a estrutura do benchmark, e ao não possuirem gestão activa e ao transaccionarem menos, conseguem ter custos muito menores e portanto em média bater os seus pares da gestão activa.