Soma das partes
A avaliação pela soma das partes é um método de avaliação que tenta apurar o valor da equity (acções) de uma dada empresa, através da soma dos valores das divisões/subsidiárias que a compõem.
É um tipo de avaliação usado particularmente quando se está a tentar avaliar uma holding, pois permite aplicar a cada subsidiária o método julgado mais adequado para a avaliar, de entre DCFs, rácios de bolsa, custo de substituição, valor contabilístico, múltiplos em transacções comparáveis ou, no caso de uma subsidiária cotada, a própria valorização desta no mercado.
Processo
Para proceder a uma soma das partes, seguem-se os passos seguintes:
- Listar todas as subsidiárias e respectiva participação da holding;
- Avaliar cada subsidiária de acordo com o método julgado mais adequado para essa subsidiária;
- Somar o valor apurado para cada subsidiária, ponderado pela participação detida (por exemplo, se uma subsidiária vale 100 milhões pela avaliação anterior e a participação da holding é de 60%, somar 60 milhões);
- À soma obtida no ponto anterior, retirar o valor da dívida líquida presente ao nível da holding;
- O valor encontrado, será assim o valor que se estima para a totalidade das acções da holding. Eventualmente pode-se construir um "range" de valores, se para cada subsidiária se apurar um valor mínimo e máximo, com a soma dos valores mínimos a constituir a avaliação mínima para a holding, e a soma dos máximos, a avaliação máxima.
Potencial desvantagem
A soma das partes é um método de avaliação que, na maior parte dos casos, resulta numa avaliação relativa, ou seja, influenciada pelo nível de valorização de negócios similares. Isso pode querer dizer que num mercado uniformemente caro, esta avaliação pode dizer que uma dada holding está "barata", quando na realidade apenas está menos cara que o mercado em geral (e vice-versa, num mercado barato).
