Diferenças entre edições de "Tier 1"

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O capital '''Tier 1''' é uma medida central da saúde financeira de um [[banco]], do ponto de vista de um regulador. Ele consiste primariamente do [[capital próprio]] da instituição, mas pode também incluir [[acções preferenciais]] desde que estas não sejam resgatáveis.
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O capital '''Tier 1''' é uma medida central da saúde financeira de um [[banco]], do ponto de vista de um [[regulador]]. Ele consiste primariamente do [[capital próprio]] da instituição, mas pode também incluir [[acções preferenciais]] desde que estas não sejam resgatáveis.
  
O capital definido em termos de tier 1 é relacionado, mas diferente, da noção contabilística de capital próprio. Tanto o tier 1 como o [[tier 2]] foram primeiro definidos no acordo [[Basel I]], e continuaram sem grandes alterações no acordo [[Basel II]].
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O capital definido em termos de tier 1 é relacionado, mas diferente, da noção contabilística de [[capital próprio]]. Tanto o tier 1 como o [[tier 2]] foram primeiro definidos no acordo [[Basel I]], e continuaram sem grandes alterações no acordo [[Basel II]].
  
 
O regulador bancário de cada país possui alguma arbitrariedade quando à forma como alguns instrumentos financeiros podem contar nos cálculos do tier 1. Isto considera-se apropriado tendo em conta os diferentes enquadramentos legais.
 
O regulador bancário de cada país possui alguma arbitrariedade quando à forma como alguns instrumentos financeiros podem contar nos cálculos do tier 1. Isto considera-se apropriado tendo em conta os diferentes enquadramentos legais.
  
A razão teórica para a existência de uma margem de segurança de capital, é de que esta deverá providenciar protecção contra prejuízos inesperados. Note-se que tal não é o mesmo que fazer face a perdas esperadas, pois essas são cobertas por [[provisões]], reservas e os lucros do exercício corrente.
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A razão teórica para a existência de uma margem de segurança de capital, é de que esta deverá providenciar protecção contra prejuízos inesperados. Note-se que tal não é o mesmo que fazer face a perdas esperadas, pois essas são cobertas por [[Provisão|provisões]], reservas e os lucros do exercício corrente.
  
 
O rácio Tier 1 é o rácio do capital próprio do banco versus os seus activos ponderados pelo risco. Os activos poderados pelo risco são a totalidade dos activos detidos pelo banco, ponderados por [[risco de crédito]] de acordo com pesos fornecidos pelo regulador (usualmente, o [[banco central]] do país). A maioria dos bancos centrais segue as orientações emanadas pelo [[Bank of International Settlements]] (BIS) por forma a atribuir pesos aos diferentes activos. Activos como [[dinheiro]] geralmente têm um peso zero, enquanto empréstimos sem [[colateral]] podem ter um peso de 100%.
 
O rácio Tier 1 é o rácio do capital próprio do banco versus os seus activos ponderados pelo risco. Os activos poderados pelo risco são a totalidade dos activos detidos pelo banco, ponderados por [[risco de crédito]] de acordo com pesos fornecidos pelo regulador (usualmente, o [[banco central]] do país). A maioria dos bancos centrais segue as orientações emanadas pelo [[Bank of International Settlements]] (BIS) por forma a atribuir pesos aos diferentes activos. Activos como [[dinheiro]] geralmente têm um peso zero, enquanto empréstimos sem [[colateral]] podem ter um peso de 100%.
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'''Capitais Próprios''' =
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[[Acção|Acções ordinárias]] emitidas e em circulação
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+ [[Acção preferencial|Acções Preferenciais]] não remíveis e não cumulativas
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- [[Interesses minoritários]] (em participadas que não sejam detidas maioritariamente)
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'''Rácio Tier One''' = Tier One Capital / Risco Ponderado dos Activos
  
 
==Ver também==
 
==Ver também==
*[[Rquisitos de capital]]
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*[[Requisitos de capital]]
 
*[[Tier 2]]
 
*[[Tier 2]]
 
*[[Basel I]]
 
*[[Basel I]]
 
*[[Basel II]]
 
*[[Basel II]]
 
*[[Dívida subordinada]]
 
*[[Dívida subordinada]]
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*[[Banco central]]
  
 
==Links relevantes==
 
==Links relevantes==

Edição atual desde as 15h38min de 20 de março de 2010

O capital Tier 1 é uma medida central da saúde financeira de um banco, do ponto de vista de um regulador. Ele consiste primariamente do capital próprio da instituição, mas pode também incluir acções preferenciais desde que estas não sejam resgatáveis.

O capital definido em termos de tier 1 é relacionado, mas diferente, da noção contabilística de capital próprio. Tanto o tier 1 como o tier 2 foram primeiro definidos no acordo Basel I, e continuaram sem grandes alterações no acordo Basel II.

O regulador bancário de cada país possui alguma arbitrariedade quando à forma como alguns instrumentos financeiros podem contar nos cálculos do tier 1. Isto considera-se apropriado tendo em conta os diferentes enquadramentos legais.

A razão teórica para a existência de uma margem de segurança de capital, é de que esta deverá providenciar protecção contra prejuízos inesperados. Note-se que tal não é o mesmo que fazer face a perdas esperadas, pois essas são cobertas por provisões, reservas e os lucros do exercício corrente.

O rácio Tier 1 é o rácio do capital próprio do banco versus os seus activos ponderados pelo risco. Os activos poderados pelo risco são a totalidade dos activos detidos pelo banco, ponderados por risco de crédito de acordo com pesos fornecidos pelo regulador (usualmente, o banco central do país). A maioria dos bancos centrais segue as orientações emanadas pelo Bank of International Settlements (BIS) por forma a atribuir pesos aos diferentes activos. Activos como dinheiro geralmente têm um peso zero, enquanto empréstimos sem colateral podem ter um peso de 100%.

Cálculo

Capitais Próprios = 
Acções ordinárias emitidas e em circulação 
+ Acções Preferenciais não remíveis e não cumulativas 
Core Capital = Capitais Próprios + Reservas Declaradas
Tier One = 
Core CapitalGoodwill 
- Interesses minoritários (em participadas que não sejam detidas maioritariamente) 
Rácio Tier One = Tier One Capital / Risco Ponderado dos Activos

Ver também

Links relevantes