Diferenças entre edições de "Papel-moeda"

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[[Imagem:500VG.png|thumb|As [[Alves dos Reis|famosas]] notas portuguesas de 1925.]]
[[Imagem:500VG.png|thumb|As [[Alves dos Reis#O caso das notas Vasco da Gama|famosas]] notas portuguesas de 1925]]
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A idéia do '''papel-moeda''' nasceu no dia em que uma pessoa, necessitando de [[moeda]]s correntes, entregou a outra um vale para troca de mercadorias ou metais (ouro, prata, ferro ou cobre), depois dado em pagamento a um terceiro, com direito de recebê-lo do emitente. Com função semelhante, circularam na [[Idade Média]] recibos de depósitos de ouro em pó, que circulava como moeda-corrente, pois era facilmente divisível, mas difícil de ter sua pureza garantida. Esses comprovantes chamava-se recibos de ourives, pois eram neles que certos comerciantes confiavam, graças à sua idoneidade e cuja assinatura garantia os valores apresentados.
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A ideia do '''papel-moeda''', ''(paper money),'' nasceu no dia em que uma pessoa, necessitando de [[moeda]]s correntes, entregou a outra um vale para troca de mercadorias ou metais (ouro, prata, ferro ou cobre), depois dado em pagamento a um terceiro, com direito de recebê-lo do emitente. Com função semelhante, circularam na Idade Média recibos de depósitos de [[ouro]] em pó, que circulava como moeda-corrente, pois era facilmente divisível, mas difícil de ter a sua pureza garantida. Esses comprovantes chamavam-se recibos de ourives, pois era neles que certos comerciantes confiavam, graças à sua idoneidade e cuja assinatura garantia os valores apresentados.
  
[[Image:Nota 500 euros.jpg|thumb|nota de 500 [[euro]]s|250px|left]]
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[[Image:Nota 500 euros.jpg|thumb|Nota de 500 [[euro]]s.|250px|left]]
  
'''Os Bilhetes de [[Banco]]''' - Os comerciantes, preocupados com o cerceamento do ouro das moedas, eram obrigados a pesar as peças e a verificar o teor de metal fino, em operações bastante demoradas. Para evitá-las, eles passaram a guardar o dinheiro em bancos de depósitos que surgiram na [[Itália]] e alguns outros países do séc. XII ao XV. Eles recebiam um certificado de depósito, do qual constava a promessa de devolução ao portador da quantia entregue. Esse bilhete, conversível à vista, deu início ao que conhecemos hoje como moeda de papel ou representativa, que contava, assim, com um lastro de metal nobre.
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'''Os Bilhetes de [[Banco]]''' - Os comerciantes, preocupados com o cerceamento do ouro das moedas, eram obrigados a pesar as peças e a verificar o teor de metal fino, em operações bastante demoradas. Para evitá-las, passaram a guardar o dinheiro em bancos de depósitos que surgiram na Itália e alguns outros países do séc. XII ao XV. Recebiam um certificado de depósito, do qual constava a promessa de devolução ao portador da quantia entregue. Esse bilhete, conversível à vista, deu início ao que conhecemos hoje como moeda de papel ou representada, que contava, assim, com um lastro de metal nobre.
No Séc. XIII, o famoso navegador veneziano [[Marco Polo]] levou a cabo sua aventura pela [[China]]. Seus registros contém as primeiras descrições ocidentais com relação ao papel-moeda em uma forma monetária incompreensível para os europeus daqueles tempos devido à falta de um valor intrínseco e real: o [[lastro]].
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Essa forma de papel-moeda se desenvolveu por si própria, inicialmente como dinheiro de emergência e logo após como forma legal. Na [[Suécia]], em 1661, devido à falta e à incredulidade das moedas de baixo valor em cobre e a escassez de prata até então correntes, foram emitidas as primeiras cédulas sem lastro na Europa pelo ''Stockholms Banco''.
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A idéia de papel-moeda lastreado por um metal nobre se manteve firme até a [[Segunda Guerra Mundial]], época na qual vários países tiveram suas economias completamente modificadas. As recentes teorias e observações econômicas e mercadológicas deram novo formato e função ao papel-moeda, transformando-o em uma representação da saúde econômica de um país.
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No Séc. XIII, o famoso navegador veneziano Marco Polo levou a cabo a sua aventura pela China. Os seus registos contêm as primeiras descrições ocidentais de papel-moeda numa forma monetária incompreensível para os europeus daqueles tempos devido à falta de um valor intrínseco e real: o lastro.
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Essa forma de papel-moeda desenvolveu-se por si própria, inicialmente como dinheiro de emergência e logo após como forma legal. Na Suécia, em 1661, devido à falta e à incredulidade das moedas de baixo valor em cobre e a escassez de prata até então correntes, foram emitidas as primeiras cédulas sem lastro na Europa pelo ''Stockholms Banco''.
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A ideia de papel-moeda lastreado por um metal nobre manteve-se firme até a Segunda Guerra Mundial, época na qual as economias de vários países foram completamente modificadas. As recentes teorias e observações económicas deram um novo formato e função ao papel-moeda, transformando-o numa representação da saúde económica de um país.
  
 
==Ver também==
 
==Ver também==

Edição atual desde as 16h24min de 4 de fevereiro de 2009

As famosas notas portuguesas de 1925.

A ideia do papel-moeda, (paper money), nasceu no dia em que uma pessoa, necessitando de moedas correntes, entregou a outra um vale para troca de mercadorias ou metais (ouro, prata, ferro ou cobre), depois dado em pagamento a um terceiro, com direito de recebê-lo do emitente. Com função semelhante, circularam na Idade Média recibos de depósitos de ouro em pó, que circulava como moeda-corrente, pois era facilmente divisível, mas difícil de ter a sua pureza garantida. Esses comprovantes chamavam-se recibos de ourives, pois era neles que certos comerciantes confiavam, graças à sua idoneidade e cuja assinatura garantia os valores apresentados.

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Os Bilhetes de Banco - Os comerciantes, preocupados com o cerceamento do ouro das moedas, eram obrigados a pesar as peças e a verificar o teor de metal fino, em operações bastante demoradas. Para evitá-las, passaram a guardar o dinheiro em bancos de depósitos que surgiram na Itália e alguns outros países do séc. XII ao XV. Recebiam um certificado de depósito, do qual constava a promessa de devolução ao portador da quantia entregue. Esse bilhete, conversível à vista, deu início ao que conhecemos hoje como moeda de papel ou representada, que contava, assim, com um lastro de metal nobre.

No Séc. XIII, o famoso navegador veneziano Marco Polo levou a cabo a sua aventura pela China. Os seus registos contêm as primeiras descrições ocidentais de papel-moeda numa forma monetária incompreensível para os europeus daqueles tempos devido à falta de um valor intrínseco e real: o lastro. Essa forma de papel-moeda desenvolveu-se por si própria, inicialmente como dinheiro de emergência e logo após como forma legal. Na Suécia, em 1661, devido à falta e à incredulidade das moedas de baixo valor em cobre e a escassez de prata até então correntes, foram emitidas as primeiras cédulas sem lastro na Europa pelo Stockholms Banco.

A ideia de papel-moeda lastreado por um metal nobre manteve-se firme até a Segunda Guerra Mundial, época na qual as economias de vários países foram completamente modificadas. As recentes teorias e observações económicas deram um novo formato e função ao papel-moeda, transformando-o numa representação da saúde económica de um país.

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