Diferenças entre edições de "Balanço"

Da Thinkfn
m (Market Maker 9 foi movido para Balanço sob redireccionamento)
Linha 1: Linha 1:
 
O '''Balanço''' de uma empresa, é uma fotografia da situação patrimonial da empresa num determinado momento no tempo (geralmente no final de um trimestre, semestre ou ano).
 
O '''Balanço''' de uma empresa, é uma fotografia da situação patrimonial da empresa num determinado momento no tempo (geralmente no final de um trimestre, semestre ou ano).
  
Ou seja, o Balanço de uma empresa espelha o valor do que a empresa TEM - o Activo (os bens que possui, o dinheiro que possui, as dívidas que terceiros têm para com ela), o que a empresa DEVE - o Passivo (o que a empresa deve a terceiros, seja dívida bancária, responsabilidades ainda não pagas ao Estado, dívidas a fornecedores, etc) e a diferença entre o que tem e o que deve, a Situação Líquida (composta pelo Capital que foi usado para criar a empresa, pelo acumular de resultados positivos ou negativos ao longo dos anos de funcionamento da empresa, e por eventuais reavaliações de componentes do activo).
+
Ou seja, o Balanço de uma empresa espelha o valor do que a empresa TEM - o [[Activo]] (os bens que possui, o dinheiro que possui, as dívidas que terceiros têm para com ela), o que a empresa DEVE - o [[Passivo]] (o que a empresa deve a terceiros, seja dívida bancária, responsabilidades ainda não pagas ao Estado, dívidas a fornecedores, etc) e a diferença entre o que tem e o que deve, a [[Situação líquida]] (composta pelo Capital que foi usado para criar a empresa, pelo acumular de resultados positivos ou negativos ao longo dos anos de funcionamento da empresa, e por eventuais reavaliações de componentes do activo).
  
 
Normalmente, as rúbricas dos balanços estão ordenadas por facilidade de liquidação (prazo de liquidação).  
 
Normalmente, as rúbricas dos balanços estão ordenadas por facilidade de liquidação (prazo de liquidação).  

Revisão das 18h33min de 8 de janeiro de 2008

O Balanço de uma empresa, é uma fotografia da situação patrimonial da empresa num determinado momento no tempo (geralmente no final de um trimestre, semestre ou ano).

Ou seja, o Balanço de uma empresa espelha o valor do que a empresa TEM - o Activo (os bens que possui, o dinheiro que possui, as dívidas que terceiros têm para com ela), o que a empresa DEVE - o Passivo (o que a empresa deve a terceiros, seja dívida bancária, responsabilidades ainda não pagas ao Estado, dívidas a fornecedores, etc) e a diferença entre o que tem e o que deve, a Situação líquida (composta pelo Capital que foi usado para criar a empresa, pelo acumular de resultados positivos ou negativos ao longo dos anos de funcionamento da empresa, e por eventuais reavaliações de componentes do activo).

Normalmente, as rúbricas dos balanços estão ordenadas por facilidade de liquidação (prazo de liquidação).

Por exemplo, do lado do Activo teremos o Imobilizado (cujo valor demoraria bastante tempo a realizar se o quisessemos vender), depois activos mais líquidos, como existências, dívidas de clientes, etc, e por fim o dinheiro e equivalentes (aplicações de curto prazo).

Do lado do Passivo, teremos os passivos de longo prazo, como obrigações a longo prazo, dívida bancária a longo prazo, separados dos activos de curto prazo (que têm que ser pagos no próximo ano), como dívidas ao Estado, dívidas a fornecedores, dívida bancária de curto prazo, etc.

BALpt.png             BALen.png


É de alertar que tenderão a existir 2 colunas de valores por rúbrica por ano, uma com a rúbrica em valor "bruto", e outra em valor "líquido". É a do valor líquido que interessa, pois já considera os valores de balanço após amortizações, etc.

As partes destacadas a amarelo respeitam a activos e passivos correntes, realizáveis a menos de um ano, e forçosamente pagos a menos de um ano. Convém obviamente que exista em todos os momentos liquidez necessária para fazer frente às responsabilidades de curto prazo, pois a maior parte das falências dá-se não por a situação líquida da empresa ser negativa, e sim por crises de liquidez. Portanto, a relação entre o activo corrente e passivo corrente é bastante importante, especialmente nos casos em que a empresa esteja em dificuldades.

Esta relação é por vezes aferida usando-se o rácio de liquidez geral, que consiste na divisão do activo circulante pelo passivo circulante, ou o rácio de liquidez reduzida, que consiste em (activo circulante - existências) a dividir pelo passivo circulante.

É também do Balanço que vamos extrair a dívida líquida, usada depois no cálculo do Enterprise value. Essa dívida líquida consiste na soma das dívidas financeiras presentes no passivo (dívidas que pagam juros, como as que estão destacadas a bold no Passivo) subtraídas da liquidez presente no balanço, e de investimentos que possam ser convertidos em liquidez (assinalados a bold no activo).

Importará de seguida compreenderem como "funciona" cada rúbrica. Entender (entre muitas outras coisas), que:

  1. existem dívidas de clientes porque a empresa quando vende não recebe logo;
  2. existem dívidas a fornecedores porque quando a empresa compra não paga logo;
  3. que o activo imobilizado vai sendo amortizado ao longo do tempo;
  4. que os activos são contabilizados pelo seu custo pelo que podem existir activos como terrenos ou prédios que estejam subavaliados;
  5. que existem activos circulantes que em caso de liquidação poderão não valer o seu valor de balanço pois vão perdendo valor (existências);
  6. que o facto de dos clientes não pagarem o que devem pode criar uma crise de liquidez;
  7. que durante uma crise de liquidez, os fornecedores tenderão a não vender a crédito o que agrava essa crise;
  8. que existem negócios que vendem a pronto e compram a crédito, pelo que a sua expansão pode até ser financiada (em parte) pelos fornecedores;

... e por aí em diante. É o começo da compreensão de como funciona uma empresa, o estado em que está, e para o­nde eventualmente se poderá dirigir.

Os Balanços das empresas podem ser encontrados nos seus relatórios e contas, ou nos relatórios trimestrais/semestrais enviados às entidades de supervisão dos mercados o­nde as empresas em questão estão cotadas. Como tal, de forma geral é possível consultar estes elementos nos ditos sites (em Portugal, na CMVM, nos EUA usando por exemplo a facilidade "relatórios" no Think Finance, que liga ao sistema "Edgar o­nline" da SEC).