Diferenças entre edições de "Análise técnica"

Da Thinkfn

Deprecated: The each() function is deprecated. This message will be suppressed on further calls in /home1/thinkfnw/public_html/wiki/includes/diff/DairikiDiff.php on line 390
(O que é a Análise técnica?)
(Ver também)
 
(25 edições intermédias não estão a ser mostradas.)
Linha 1: Linha 1:
==Charles Henry Dow e a sua teoria==
+
[[Imagem:Ciclosbolsistasat.JPG|300px|right]]
 +
Podemos definir a '''análise técnica''' como um conjunto de técnicas que tentam prever o movimento das cotações, apoiadas em [[Gráfico|gráficos]] que representam o movimento histórico dessas cotações (sendo, por isso, também conhecida como análise gráfica ou cartismo) e em técnicas analíticas de previsão das oscilações bolsistas, baseadas em modelos matemáticos, estatísticos e econométricos.
  
O tão conhecido e actual índice de referencia Dow Jones pode nos transportar ao inicio da Analise Técnica, quando em 1900 o homem que lhe deu origem, Charles Henry Dow elaborou os primeiros trabalhos estatísticos acerca da existência de ciclos no mercado de capitais.  
+
Para a escola técnica, os gráficos traduzem o comportamento do mercado e avaliam a participação de massas de [[Investidor|investidores]] que influenciam a formação dos preços, por isso, para os puristas da análise técnica, toda a informação capaz de afectar percepção dos investidores quanto ao preço e valor do activo, está espelhada nos gráficos<ref>No livro “Technical Analysis of the Futures Markets” de John J. Murphy, a análise técnica é definida como: “O estudo das acções do Mercado (preços, volume e open interest), através do recurso a gráficos, com o objectivo de prever no futuro a tendência do mercado”.
 +
</ref>.  
  
Em 1879 Charles Dow entra para a impressa noticiosa Kiernan News Agency, uma agencia que escrevia direccionada para bancos, casas de corretagem e "research", altura em que conheceu Edward D. Jones que também acaba de ser admitido naquela agencia.  
+
== História da análise técnica ==
 +
O tão conhecido e actual índice de referência [[Dow Jones]] pode transportar-nos ao início da Análise Técnica, quando, em 1900, [[Charles Henry Dow]] elaborou os primeiros trabalhos estatísticos acerca da existência de [[Ciclos bolsistas|ciclos no mercado de capitais]].
  
Três anos mais tarde, em 1882, Charles Dow e Edward Jones criam a firma Dow Jones & Company, na 15 Wall Street. Distribuíam uma "Newsletter" diária de duas paginas sobre o mercado de capitais intitulado "Customer’s Afternoon Letter" por toda a Wall Street.  
+
Em 1879, Charles Dow entrou para a imprensa noticiosa Kiernan News Agency, uma agência direccionada para bancos, corretoras e research, onde conheceu [[Edward D. Jones]], que também acabara de ser admitido naquela agência.
  
Em 1889, Dow era o editor da primeira edição do "Wall Street Journal" impulsionado pela antiga "Newsletter" acima referida. Publicava na altura vários artigos sobre o mercado de capitais seguidos com atenção por toda a comunidade financeira e a partir dos quais desenvolveu a "Dow Theory".  
+
Três anos mais tarde, em 1882, Charles Dow e Edward Jones criaram a firma Dow Jones & Company, na Wall Street. Distribuíam uma ''newsletter''<ref>Carta de Novidades: É uma forma da empresa, organização ou qualquer utilizador individual enviar informações sobre os mais variados assuntos (análises, notícias, etc.) para um determinado público que subscreve esse serviço. Actualmente, com a internet, a forma mais usual de envio de newsletters é através do correio electrónico.</ref> diária, de duas páginas, sobre o mercado de capitais, intitulada “''Customer’s Afternoon Letter''”, por toda a Wall Street.
  
Em 1897, Charles Dow, com 46 anos, co-fundador da Dow Jones & Company, Inc. criou os hoje conhecidos Dow Jones Industrial Average e Dow Jones Transportation Average. Originalmente, na "Dow Theory", a tendência destes índices, constituídos por um determinado numero de acções de referencia, serviam como barómetro para o resto do mercado. A "Dow Theory" foi a mãe da Analise Técnica como resultado de enumeras experiências e observações das cotações históricas. Se inicialmente a intenção não era prever os preços das acções, rapidamente, num trabalho subsequente a teoria foi aproveitada para esse fim, resultando no que conhecemos hoje da Analise Técnica.  
+
Em 1889, Dow era o editor da primeira edição do “''Wall Street Journal''”, impulsionado pela antiga ''newsletter'' acima referida. Publicava vários artigos sobre o mercado de capitais, seguidos com atenção por toda a comunidade financeira e a partir dos quais desenvolveu a [[Dow Theory]].
  
Charles Dow foi o primeiro a comparar as variações das cotações com as vagas do mar. Desta metáfora podemos retirar que existem duas tendências, a da “maré” ascendente e descendente. Há depois vagas que podem confirmar ou corrigir a tendência. Para Dow existem três movimentos simultâneos: As tendências de longo prazo, ascendente ou descendente em períodos de um a vários anos; Correcções á tendência de longo prazo em períodos de semanas ou meses; Oscilações diárias, nomeadas assim a tendência primária, secundária e menor (desprezível), respectivamente. O mercado fica assim comprometido com três tendências. Na tendência primária o mercado pode estar ou "Bullish" ou "Bearish", se o mercado fizer sucessivamente mínimos e máximos maiores estará num processo ascendente a tendência primaria é "Bullish", se inversamente fizer máximos e mínimos menores esta numa tendência descendente, "Bearish".  
+
Em 1897, Charles Dow, com 46 anos, co-fundador da Dow Jones & Company, Inc., criou os actualmente conhecidos [[Dow Jones Industrial Average]] e [[Dow Jones Transportation Average]]. Originalmente, na Dow Theory, a [[Tendência|tendência]] desses índices, constituídos por um determinado número de acções de referência, serviam como barómetro para o resto do mercado. A Dow Theory foi a mãe da Análise Técnica, enquanto resultado de inúmeras experiências e observações das cotações históricas. Se, inicialmente, a intenção não era prever os preços das acções, rapidamente, num trabalho subsequente, a teoria foi aproveitada para esse fim, resultando no que conhecemos hoje como Análise Técnica.  
  
A mudança da tendência só se valida se, depois de vários movimentos, os níveis da cotação não ultrapassarem os alcançados anteriormente, definindo assim um nível de resistência para a tendência ascendente ou suporte para tendência descendente.  
+
== Análise técnica e o preço do mercado ==
 +
O preço de mercado representa um consenso, no qual se dá o equilíbrio entre a oferta e a procura. É o preço a que um investidor aceita vender e outro aceita comprar, dentro das suas expectativas. As expectativas dos investidores relativas a determinado valor são espelhadas na cotação. Para os analistas técnicos, o comportamento dos investidores já é suficiente para uma tomada de decisão, não importando os motivos que levam os investidores a esse comportamento. Ou seja, o analista técnico acredita que toda a informação necessária está contida no preço (e algumas vezes no [[volume]]) e que todos os fenómenos podem ser explicados pelo movimento dos preços.  
  
A tendência secundária é uma correcção á tendência, é o momento em que o vendedor ou comprador alivia permitindo uma saudável correcção ao mercado (é usual ouvir-se dizer hoje em dia, com ou sem razão, que a tendência secundária é o chamamento de investidores ao mercado - na venda ou na compra consoante a tendência, para permitir a “tendência” vender ou comprar a preços melhores ou então permitir que os investidores que não tiveram oportunidade de entrar ou sair o consigam fazer agora a preços mais apetecíveis), normalmente pode durar entre três semanas a três meses e corrige normalmente de 1/3 a 2/3 do movimento anterior na tendência primária.  
+
O preço está para o analista técnico como a rocha para o geólogo: para a maior parte das pessoas, uma rocha não passa de uma rocha, para um geólogo, uma rocha pode ser a chave do conhecimento da origem da Terra e pode responder e prever inúmeros acontecimentos da geologia. Os preços para o analista técnico, como a rocha para o geólogo, podem ser a chave para o conhecimento da origem de determinado movimento e podem prever a evolução futura. Os factos reproduzem-se nos preços e identificam o ritmo dessas reproduções, permitindo antecipá-los.
  
A tendência menor ou diária é feita pelas pequenas oscilações diárias e normalmente não ultrapassa o período de uma semana, usualmente situa-se dentro da tendência secundária e é o resultado de pequenos desencontros da oferta e da procura dentro da tendência, por vezes é sujeita a alguma manipulação ou contrario das tendências primárias ou secundárias o­nde a força, o período, o volume envolvidas durante esse período não permite tais actos.  
+
Para um purista da análise técnica, se o preço é baseado nas expectativas dos investidores, então o conhecimento sobre o que se deve comprar ou vender torna-se irrelevante, na medida em que se sabe o que outros investidores estão à espera para vender. Quer isto dizer que, se conhecermos o prémio ou o desconto que os investidores esperam face ao “[[Justo valor|valor justo]]” da acção, saberemos qual o futuro movimento dessa acção.  
  
A tendência de longo prazo, tendência primária, é dividida em três momentos: Quando ocorre uma mudança da tendência primária estamos perante um movimento de acumulação caso aconteça depois de uma tendência descendente ("Bearish") ou um movimento de distribuição caso aconteça depois de uma tendência ascendente ("Bullish"), no intervalo temos a entrada da massa. Num primeiro momento, os investidores especialmente bem informados em antecipação ao movimento de longo prazo acumulam não deixando que a cotação atinja novos mínimos com um provável pequeno aumento de preço, no segundo momento, os compradores melhores informados, face a não confirmação de novos mínimos e por isso uma inversão de tendência, entram no mercado comprando acções e elevando bastante o seu preço, num terceiro momento, com as acções a permitirem um excelente ganho, a massa desperta, o publico sente-se confortável para entrar no mercado que esta a subir, convencidos que o só o céu é o limite compram desenfreadamente e com elevados aumentos de volume os acumuladores distribuem abastecendo a massa. Só no fim desta tendência é que o publico descobre que pagou caro e tenta liquidar rapidamente a sua posição entrando em pânico e fazendo mercado cair.  
+
== 3 premissas da lógica da análise técnica ==
 +
* '''O comportamento do mercado corrige automaticamente as anomalias'''. Significa que na formação do preço se tomam em consideração elementos políticos, sociais, laborais e outros que influenciam as cotações, com excepção de actos de Deus (dos governo, estimativas, necessidades e informação secreta). Ou seja, o preço desconta todos os eventos possíveis, futuros, certos ou mesmo incertos e autónomos à vontade do investidor e cujo a ocorrência possa originar ganhos ou prejuízos. Dito de outra forma, o preço de mercado é uma boa referência do [[Rácio de Risco/Recompensa|risco/recompensa]] de um activo.
  
==O que é a Análise técnica?==
+
* '''Os preços formam-se dentro de tendências'''. É seguindo este princípio que se maximizam lucros continuando investido ou se cortam prejuízos saindo do mercado. Uma tendência que se iniciou tem mais probabilidades de persistir do que ser invertida. Como corolário desta corolário  desta suposição, dizem os analistas técnicos que os preços tendem mais a movimentar-se em tendência do que a mudar de direcção, já que para mudar de direcção necessitam de qualquer influência externa.
  
Quem ouve falar pela primeira vez no termo Analise técnica pensa em algo complicado para o que é a mais básica e simples aproximação ao mercado de capitais. O analista técnico simplesmente estuda os preços das acções para obter um melhor resultado de investimento.  
+
* '''A história repete-se''', porque as pessoas também repetem os seus comportamentos. Os investidores tendem a reagir da mesma maneira a um conjunto de condições do mercado, cada vez que estas ocorrem. Estas reacções humanas manifestam-se no mercado, em transacções de compra e venda, constituindo os chamados [[Padrão|padrões]]. Dado o grande número de participantes no mercado, a probabilidade de os padrões de compra e venda serem os mesmos numa ocasião e na seguinte é muito grande. Trata-se então de  uma análise que se baseia no estudo do comportamento humano.
  
Academicamente podemos definir a análise técnica como um conjunto de técnicas que tentam prever o movimento das cotações apoiadas em gráficos que representam o movimento histórico das cotações (sendo por isso também conhecida por analise gráfica ou cartismo) e em técnicas analíticas de previsão das oscilações bolsistas, baseadas em modelos matemáticos, estatísticos e econométricos. A Análise técnica difere da [[Análise fundamental]] que, resumidamente, baseia-se nas previsões de lucros futuros das empresas.
+
== 3 fontes principais de informação da análise técnica ==
 +
*'''Preço''' – elemento fundamental da análise técnica enquanto estudo do mercado que, em conjunto com o volume e/ou ''[[open interest]]'', fornecem sinais de entrada e saída do mercado, com muito maior antecedência do que os sinais dados por outros indicadores. Isto porque o volume acompanha os preços, antecipando-se muitas vezes a estes.
  
Para a escola técnica toda a informação esta espalhada nos gráficos, os gráficos sabem tudo. Os gráficos traduzem o comportamento do mercado e avaliam a participação de massas de investidores que influenciam a formação dos preços.  
+
*'''Volume''' – são simplesmente o número de acções (ou contratos) transaccionados durante um determinado intervalo de tempo (minutos, horas, dia, semana, mês, etc.). O volume fornece indicações da intensidade de certos movimentos de preço.
  
O preço de mercado representa um consenso. É o preço a que um investidor aceita vender e outro aceita comprar dentro das suas expectativas. As expectativas dos investidores relativamente a determinado valor são espelhadas na cotação. Para os analistas técnicos, o comportamento dos investidores já suficiente para uma tomada de decisão, não importa os motivos que levam os investidores a esse comportamento. O analista técnico acredita que toda a informação necessária esta contida no preço (e algumas vezes no volume) e que todos os fenómenos se podem explicar pelo movimento dos preços. O preço esta para o analista técnico como a rocha para o geólogo, para a maior das pessoas uma rocha não passa de uma rocha, para um geólogo uma rocha pode ser a chave do conhecimento da origem da terra e pode responder e prever inúmeros acontecimentos da Geo. Os preços para o analista técnico, como a rocha para o geólogo, pode ser a chave para o conhecimento da origem de determinado movimento e pode responder e prever a evolução futura. Os factos reproduzem-se nos preço e identificar o ritmo dessas reproduções permite antecipá-los.  
+
* '''''Open Interest''''' – válido apenas para os mercados de futuros e opções, corresponde ao número total de contratos e [[Futuro|futuros]] ou [[Opções|opções]] em posse dos participantes no mercado no final do dia. Por esta razão, é um indicador que só tem interesse para quem transacciona futuros ou opções e não tem qualquer significado para quem transacciona apenas acções. O ''open interest'' mostra a liquidez de um contrato específico, contudo combinado com o volume pode dar bons indicadores do fluxo de entrada ou de saída de dinheiro do mercado.
  
Se o preço é baseado nas expectativas dos investidores, então o conhecimento sobre o que se deve comprar ou vender torna-se irrelevante quando se conhece o que outros investidores esperam para vender. Ou seja, se conhecemos o prémio ou desconto que os investidores esperam face ao “valor justo” da acção saberemos o futuro movimento da acção. A expectativa pode ser conhecida replicando nos gráficos movimentos (expectativas) passados.  
+
== Análise técnica Vs Análise Fundamental ==
 +
O analista fundamental tenta prever o potencial de crescimento e de ganhos de uma companhia dentro do seu sector de actividade e na economia em geral, para assim tentar perceber se o preço da acção esta ou não ou seu justo valor e em função disso tomar uma decisão de investimento.
  
Analise técnica vale o que vale, assunto que trataremos no capitulo seguinte, no entanto, talvez pela sua simplicidade vs. eficiência, a analise técnica tem cada vez mais adeptos, mas continua a ser um modo de analise muito criticado e contestado, principalmente pelos paladinos da teoria financeira moderna. Algumas teorias põem em duvida a utilidade da análise técnica para a tomada de decisões consideram que as variações dos preços constituem uma variável aleatória. A “Random Walk Theory”, por exemplo, pressupõe a negação da tendência bolsista, considerando que as mudanças sucessivas da cotação dos valores são estatisticamente independentes uma das outras e aproveitando-se da hipótese do “Mercado eficiente” que diz que o os valores formados pelo mercado constituem uma boa estimativa do valor intrínseco ou real dos títulos e assume-se que todos os participantes no mercado têm perfeito conhecimento de todos os elementos que influenciam o funcionamento deste e que qualquer informação nova é imediatamente descontada, considera que nenhum investidor tira vantagem do preço e não se encontra em melhor posição que outro visto que o mercado de capitais eficiente desconta imediatamente toda a informação que o afecta.  
+
O analista técnico tenta, através da análise dos gráficos de preços, detectar padrões nos movimentos do mercado e níveis de preço que tenham sido várias vezes atingidos no passado, para assim servirem de indicadores fiáveis no futuro, independentemente da empresa, da sua posição no sector ou mesmo da economia em geral. Os analistas técnicos acreditam que os preços se movem em padrões previsíveis nos quais fundamentam a sua decisão.
  
Evidentemente que o que interessa ao analista técnico não é o valor real da acção mas o valor a que pode vender ou comprar no tempo futuro. Uma máxima que mostra a pouca importância do valor real para o analista técnico e evidencia a importância da expectativa dos agentes do mercado é “Buy High and Sell Higher”, assim, dentro do pensamento do analista técnico não é importante a teoria do mercado eficiente, do passeio aleatório, ou outra semelhante, para o analista técnico o importante são as expectativas do investidor face ao valor, justo ou não, da acção e essas expectativas podem ser conhecidas pelos valores passados pois muitos investidores constróem essas expectativas em referencias de movimentos acontecidos, se pensamos na importância das resistências e suportes, que explicamos mais a frente, facilmente compreendemos a base de todo o pensamento do analise técnica.
+
Enquanto a análise técnica se baseia no estudo das acções do mercado (preços, volume e open interest), a análise fundamental centra-se nas forças económicas.  
  
==Quanto vale uma Análise técnica?==
+
Certos adeptos mais radicais da escola fundamental, recusam admitir a validade da teoria da análise técnica com o argumento de que o movimento dos preços ocorre aleatoriamente (sem padrões). Por sua vez, os analistas técnicos mais radicais defendem que o mercado desconta todos os argumentos fundamentais nos constantes movimentos de preços.
  
Analise técnica e a tendência da massa
+
Muitos investidores optam por uma abordagem fundamental para seleccionar o seu investimento e recorrem aos gráficos para definir o tempo de entrada e de saída do mercado.
  
A AT serve para confirmar ideias ou não e dar sinais de entrada e saída. AT deve ser encarada como uma ferramenta que nos indicam quando devemos comprar ou vender, que nos confirma o movimento e momento ideal do “trading”, em resultado de determinado movimento de preços. A AT não serve como modo de avaliação da empresa que representa acção, para isso existe a AF.  
+
== Críticas e limitações da análise técnica ==
 +
A principal crítica feita à análise técnica é a de que os gráficos são muito subjectivos.
  
A AT é melhor a olhar para o passado do que para o futuro.  
+
Outra critica apontada surge sob a forma de interrogação, baseando-se no facto dos analistas técnicos defenderem que os preços passados podem ser usados para prever preços futuros. Segundos os críticos da análise técnica, os gráficos dizem-nos onde os preços estiveram no passado, mas não nos dizem nada sobre onde se poderão encontra no futuro. Os gráficos apenas constatam o que se passou.
  
A Escola Técnica afirma que não existem estatísticas para esperança, humor, medo, ganância, actos de Deus (do Governos, estimativas e necessidades e informação secreta). É verdade, não existem e por isso é que a AT não é tudo, é por isso que é falível, é por isso que serve apenas para confirmar movimentos e indicar os momentos do mercado/acção e não para traçar uma estratégia com base na avaliação da empresa.  
+
=== Refutação das criticas e limitações da analise técnica ===
 +
Quanto á critica de que o recurso a padrões de mercado procura da uma resposta ao facto de se poderem prever certos movimentos de preços, com base em padrões que se têm repetido ao longo do tempo, os analistas técnicos defende que os investidores estão familiarizados com determinados padrões e actuam em conformidade perante o seu aparecimento. Esta atitude origina uma previsão evidente, onde compradores e vendedores actuam em resposta a esses padrões.
  
A Tendência é da massa e a massa emociona-se, tem medo, é gananciosa, tem esperança e etc., por isso é que diz que a tendência da massa é errar. A AT funciona com base na analise das emoções, das expectativas e dos receios dos intervenientes em determinado movimento que se reflectem na cotação, mas, sempre, isenta dos sentimentos da massa, das emoções, da ganância, da esperança, do medo e etc. O analista técnico deve seguir somente o que o gráfico lhe diz e não o que a sua mente, por contagio com a massa, lhe quer fazer ver. Ainda que se possa dizer que a AT reflecte e desconta a “saúde” do activo em avaliação nos gráficos, a verdade é que a AT nem necessita conhecer a empresa, as noticias relacionas ou os fundamentais. Para um analise fundamental, o preço das acções de uma empresa podem subir ou cair, até mais de 50%, que isso não implica que os seus fundamentais tenham sido alterados. Mas para AT, mesmo que os fundamentais continuem a seres os mesmos, é certo que as expectativas dos intervenientes, mudou e isso reflectisse nos movimentos registados nos gráficos. Na AT conta o preço do activo, na AF o preço da empresa.  
+
Já no que diz respeito à crítica de que o passado não nos diz nada sobre o futuro, os analistas técnicos defendem que a previsão das condições meteorológicas num futuro próximo se faz com base em informações do passado. Também nos caso do estudo da população, evolução da indústria e outros, as previsões são baseadas na sua generalidade, em experiências passadas, para assim preverem a sua evolução futura.
  
É importante conhecer a psicologia das massas para melhor avaliar as Tendências do mercado. Um dos papas da análise de massa, Gustave Le Bon, escritor francês que diz que a massa é emocionável, impulsiva, violenta, inconsistente, extremamente descuidado, características que considera de um perdedor no mercado de acções.
+
== Ferramentas principais da análise técnica ==
 +
* Gráficos
 +
** Time Frames
 +
** Barras de preços
 +
** [[Volume]]
 +
** [[Open interest]]
 +
** [[Tendência]]
 +
** [[Canal|Canais]]
 +
* [[Padrões técnicos]]
 +
** Formações geométricas
 +
** [[Candlesticks]]
 +
** [[Padrões de reversão]]
 +
** [[Padrões de continuação]]
 +
*  [[Trend following]]
 +
** [[Média móvel|Médias móveis]]
 +
** Ciclos e padrões de reversão
 +
* [[Indicadores técnicos]]
 +
** [[Osciladores]]
 +
** Indicadores tendenciais
  
Le Bon define a massa como um conjunto qualquer de indivíduos com mentalidade colectiva diversa daquela que têm como pessoas. Ele afirma que, ao se agrupar como uma massa, o ser humano perde a personalidade consciente, adquire sensação de grande poder, dá vazão aos instintos, perde a noção da responsabilidade, comunica-se por contagio (vende a "ideia" aos amigos), aumenta impetuosamente (aumenta o volume por isso é que se da a exaustão), é facilmente sugestionável (quando corre por contagio qualquer sugestão cria indecisão e desconfiança na estratégia, o investidor não acredita no sistema, esta a duvida e não cumpre as regras, não é disciplinado e rapidamente muda de opinião sem saber muito bem porque), é intelectualmente inferior (não pensa, reage com a vontade da massa), desce diversos degraus na escala da civilização (perde o raciocino), pensa que raciocina e não raciocina (é sugestionável), aceita imagens desconexas, tem ideias contraditórias ao mesmo tempo (é influenciável), cria imagens via palavras-de-ordem (OPA, OPA, OPA), aceita frase curtas como solução dos problemas (OPAS, FUSÕES, Crash e etc.), sintetiza aspirações pessoais (vai ser opaba para eu ficar rico e comprar o iate e o castelo).
+
== Referências ==
 +
{{reflist}}
  
A massa erra. A Tendência da massa é errar e a AT diz isso, ora vejamos:
+
== Fontes ==
 +
*Viana R., Octávio , ''Estudos no Mercado de Capitais'', Edição I, ATM/NYSE Euronext, pg. 73 a 81.
 +
*Pinto, Paulo; Oliveira, Hélio; Mateus, Nuno.''Análise Técnica uma ferramenta fundamental'', Edição I, ATM|Euronext, pg. 13 a 20.
  
Para a escola técnica, a resposta está nos gráficos de preços e volumes, que não é nada mais nada menos do que analisar a massa, a emoção, ganância, medo e etc. que a move.
+
==Ver também==
 +
*[[Análise ponto e figura]]
 +
*[[Candlesticks]]
 +
*[[Análise fundamental]]
 +
*[[Random walk]]
 +
*[[Dow Theory]]
 +
*[[Hal9000]]
  
Os investidores especialmente bem informados, pela famosa informação secreta, ou movidos por uma qualquer intenção compra sem dar nas vistas e com calma, com um pequeno aumento de preço. FASE DE ACUMULAÇÃO.
+
===Artigos Think Finance===
 
+
*[[Análise Técnica - O que é, quanto vale]]
Os investidores especialmente bem informados, contagiam outros investidores bem colocados, amigos e etc., a que chamaremos compradores melhor informados que aderem ao mercado elevando o preço do papel (MARK UP) de tal maneira que desperta a atenção da ESTÚPIDA massa. O mercado fica activo e os acumuladores distribuem a acção abastecendo a massa (Distribuição) - (melhor altura para vender), depois de tudo abastecido e dos preços se manterem nos mesmo patamares, com a massa a comprar e a segurar e os acumuladores a vender e a travar a subida, a massa nota que o papel não vai continuar a subir e descobre que pagou caro procurando vender imediatamente a acção que não compensou o investimentos entrado no pânico.
+
 
+
Na analise técnica existem vários tipo de gráficos, desde o gráficos de velas, os mais vulgarizados, ao gráfico ponto e figura, o meu preferido, que despreza o espaço temporal retractando apenas os preços aos quais a acção foi negociada, sem levar em conta o dia de negociação, mas identificando com precisão a reversão da tendência dos preços.
+
 
+
Podemos seleccionar um grupo de acções para negociar com base nos fundamentais, sectores, mercados ou outra premissa, mas, vamos ver que, em 99.99% das nossas decisões, a AT é quem melhor nos dará o sinal de entrada e de saída. Não defendo que se deva ser um purista da AT, porque penso que devemos ter em conta a tendência do sector e, porque não, os próprios fundamentais, mas não devemos definitivamente desprezar a AT que é quem nos diz quando comprar/vender. Ou seja, se a análise fundamental nos diz o que comprar/vender a AT diz-nos quando. Evidentemente que alguns puristas da Análise Fundamental podem ter um sistema que lhes permita bons resultados, mas estou convencido que, com o tempo, esses resultados não se vão manter, porque o que interessa, mais do que o valor da empresa, é a vontade do capital em mover-se e esse move-se por vontade do medo, ganância, pressupostos e expectativas dos investidores.
+
 
+
A Analise Técnica deve ser usada para aqueles investidores que se querem situar entre os investidores bem informados (insiders) e a massa, e mesmo os primeiros devem utilizar a AT. Um investidor por muito bem informado que esteja (insider trading) sobre um facto relevante de uma empresa, senão comprar no momento correcto, pode mesmo perder. Imagine-se uma noticia positiva para um titulo que será do conhecimento geral do publico apenas dentro de 3 meses e com um esperado impacto positivo de 5% no titulo. Se a tendência desse papel for negativa, pode chegar a cair mais do que os 5% que se espera de impacto positivo quando o “inside” for tornado publico. Assim, apesar da informação privilegiada do “insider”, esta não lhe vai servir se ele não souber o melhor momento para entrar.
+
 
+
A ideia de que todos os fenómenos podem explicar através das leis naturais é muito antiga, já tendo sido encovada por Anaxárogas, pensador pré-socrático. A ideia é que determinadas circunstancias e factores podem reproduzir-se e conseguir identificar o ritmo destas reproduções permite antecipar. A AT baseia-se no que é realmente é mais importante e tem-se vindo a defender ao longo deste capitulo é a massa, a psicologia da massa. A melhor maneira de tirar proveito da massa é conhecer o que ela pensa e para isso é necessário pensar como a massa, reagir como a massa (sem reagir efectivamente), ter as emoções da massa e fazer exactamente o contrario. É aqui o verdadeiro problema do "trader/investidor", quando não consegue separar o pensamento dele do pensamento da massa.
+
 
+
Não há peritos nem ignorantes, há aqueles que sentem o mercado, estão no mercado, absorvem o mercado e conseguem estar suficientemente longe para tomarem as suas decisões sem serem influenciados pela massa. Ë aqui que Analise Técnica é um ferramenta fundamental, permitindo separar os sinais da massa da própria massa. Ou seja, analisam os movimentos dos preços sem se deixarem influenciar emocionalmente por eles.
+
 
+
Keynes defendia que quem nada sabe ganha tanto como o perito isto porque o perito que acredita que um activo esta subavaliado não terá interesse em adquirir e se pensar vender terá de o fazer ao preço fixado pelos ignorantes. Na verdade só ganha aquele que antecipar os sinais que ele próprio produz, o do preço. O preço pode oscilar bastante e por isso é incerto dai que a melhor maneira será imitar os outros. Mas é porque todos se conformam com essa ideia de imitar os outros (ex.: "MARK UP") que se pode dizer que a massa tem tendência a errar. Quantos mais acreditarem e exteriorizarem essa crença maior é a probabilidade de não acontecer.
+
 
+
A AT é uma ferramenta que, sem dúvida, consegue antecipar os movimentos e é valida e importante por isso. Conhecer o mercado e o estado psicológico do mercado é importante para se conhecer o melhor momento de entrada e saída, mas, é sempre importante nunca esquecer que um investimento deve ter em conta a capacidade de um activo para remunerar no futuro a renuncia ao consumo.
+
  
  
 
[[Categoria:Estratégias]][[Categoria:Análise técnica]]
 
[[Categoria:Estratégias]][[Categoria:Análise técnica]]

Edição atual desde as 09h14min de 16 de junho de 2011

right Podemos definir a análise técnica como um conjunto de técnicas que tentam prever o movimento das cotações, apoiadas em gráficos que representam o movimento histórico dessas cotações (sendo, por isso, também conhecida como análise gráfica ou cartismo) e em técnicas analíticas de previsão das oscilações bolsistas, baseadas em modelos matemáticos, estatísticos e econométricos.

Para a escola técnica, os gráficos traduzem o comportamento do mercado e avaliam a participação de massas de investidores que influenciam a formação dos preços, por isso, para os puristas da análise técnica, toda a informação capaz de afectar percepção dos investidores quanto ao preço e valor do activo, está espelhada nos gráficos<ref>No livro “Technical Analysis of the Futures Markets” de John J. Murphy, a análise técnica é definida como: “O estudo das acções do Mercado (preços, volume e open interest), através do recurso a gráficos, com o objectivo de prever no futuro a tendência do mercado”. </ref>.

História da análise técnica

O tão conhecido e actual índice de referência Dow Jones pode transportar-nos ao início da Análise Técnica, quando, em 1900, Charles Henry Dow elaborou os primeiros trabalhos estatísticos acerca da existência de ciclos no mercado de capitais.

Em 1879, Charles Dow entrou para a imprensa noticiosa Kiernan News Agency, uma agência direccionada para bancos, corretoras e research, onde conheceu Edward D. Jones, que também acabara de ser admitido naquela agência.

Três anos mais tarde, em 1882, Charles Dow e Edward Jones criaram a firma Dow Jones & Company, na Wall Street. Distribuíam uma newsletter<ref>Carta de Novidades: É uma forma da empresa, organização ou qualquer utilizador individual enviar informações sobre os mais variados assuntos (análises, notícias, etc.) para um determinado público que subscreve esse serviço. Actualmente, com a internet, a forma mais usual de envio de newsletters é através do correio electrónico.</ref> diária, de duas páginas, sobre o mercado de capitais, intitulada “Customer’s Afternoon Letter”, por toda a Wall Street.

Em 1889, Dow era o editor da primeira edição do “Wall Street Journal”, impulsionado pela antiga newsletter acima referida. Publicava vários artigos sobre o mercado de capitais, seguidos com atenção por toda a comunidade financeira e a partir dos quais desenvolveu a Dow Theory.

Em 1897, Charles Dow, com 46 anos, co-fundador da Dow Jones & Company, Inc., criou os actualmente conhecidos Dow Jones Industrial Average e Dow Jones Transportation Average. Originalmente, na Dow Theory, a tendência desses índices, constituídos por um determinado número de acções de referência, serviam como barómetro para o resto do mercado. A Dow Theory foi a mãe da Análise Técnica, enquanto resultado de inúmeras experiências e observações das cotações históricas. Se, inicialmente, a intenção não era prever os preços das acções, rapidamente, num trabalho subsequente, a teoria foi aproveitada para esse fim, resultando no que conhecemos hoje como Análise Técnica.

Análise técnica e o preço do mercado

O preço de mercado representa um consenso, no qual se dá o equilíbrio entre a oferta e a procura. É o preço a que um investidor aceita vender e outro aceita comprar, dentro das suas expectativas. As expectativas dos investidores relativas a determinado valor são espelhadas na cotação. Para os analistas técnicos, o comportamento dos investidores já é suficiente para uma tomada de decisão, não importando os motivos que levam os investidores a esse comportamento. Ou seja, o analista técnico acredita que toda a informação necessária está contida no preço (e algumas vezes no volume) e que todos os fenómenos podem ser explicados pelo movimento dos preços.

O preço está para o analista técnico como a rocha para o geólogo: para a maior parte das pessoas, uma rocha não passa de uma rocha, para um geólogo, uma rocha pode ser a chave do conhecimento da origem da Terra e pode responder e prever inúmeros acontecimentos da geologia. Os preços para o analista técnico, como a rocha para o geólogo, podem ser a chave para o conhecimento da origem de determinado movimento e podem prever a evolução futura. Os factos reproduzem-se nos preços e identificam o ritmo dessas reproduções, permitindo antecipá-los.

Para um purista da análise técnica, se o preço é baseado nas expectativas dos investidores, então o conhecimento sobre o que se deve comprar ou vender torna-se irrelevante, na medida em que se sabe o que outros investidores estão à espera para vender. Quer isto dizer que, se conhecermos o prémio ou o desconto que os investidores esperam face ao “valor justo” da acção, saberemos qual o futuro movimento dessa acção.

3 premissas da lógica da análise técnica

  • O comportamento do mercado corrige automaticamente as anomalias. Significa que na formação do preço se tomam em consideração elementos políticos, sociais, laborais e outros que influenciam as cotações, com excepção de actos de Deus (dos governo, estimativas, necessidades e informação secreta). Ou seja, o preço desconta todos os eventos possíveis, futuros, certos ou mesmo incertos e autónomos à vontade do investidor e cujo a ocorrência possa originar ganhos ou prejuízos. Dito de outra forma, o preço de mercado é uma boa referência do risco/recompensa de um activo.
  • Os preços formam-se dentro de tendências. É seguindo este princípio que se maximizam lucros continuando investido ou se cortam prejuízos saindo do mercado. Uma tendência que se iniciou tem mais probabilidades de persistir do que ser invertida. Como corolário desta corolário desta suposição, dizem os analistas técnicos que os preços tendem mais a movimentar-se em tendência do que a mudar de direcção, já que para mudar de direcção necessitam de qualquer influência externa.
  • A história repete-se, porque as pessoas também repetem os seus comportamentos. Os investidores tendem a reagir da mesma maneira a um conjunto de condições do mercado, cada vez que estas ocorrem. Estas reacções humanas manifestam-se no mercado, em transacções de compra e venda, constituindo os chamados padrões. Dado o grande número de participantes no mercado, a probabilidade de os padrões de compra e venda serem os mesmos numa ocasião e na seguinte é muito grande. Trata-se então de uma análise que se baseia no estudo do comportamento humano.

3 fontes principais de informação da análise técnica

  • Preço – elemento fundamental da análise técnica enquanto estudo do mercado que, em conjunto com o volume e/ou open interest, fornecem sinais de entrada e saída do mercado, com muito maior antecedência do que os sinais dados por outros indicadores. Isto porque o volume acompanha os preços, antecipando-se muitas vezes a estes.
  • Volume – são simplesmente o número de acções (ou contratos) transaccionados durante um determinado intervalo de tempo (minutos, horas, dia, semana, mês, etc.). O volume fornece indicações da intensidade de certos movimentos de preço.
  • Open Interest – válido apenas para os mercados de futuros e opções, corresponde ao número total de contratos e futuros ou opções em posse dos participantes no mercado no final do dia. Por esta razão, é um indicador que só tem interesse para quem transacciona futuros ou opções e não tem qualquer significado para quem transacciona apenas acções. O open interest mostra a liquidez de um contrato específico, contudo combinado com o volume pode dar bons indicadores do fluxo de entrada ou de saída de dinheiro do mercado.

Análise técnica Vs Análise Fundamental

O analista fundamental tenta prever o potencial de crescimento e de ganhos de uma companhia dentro do seu sector de actividade e na economia em geral, para assim tentar perceber se o preço da acção esta ou não ou seu justo valor e em função disso tomar uma decisão de investimento.

O analista técnico tenta, através da análise dos gráficos de preços, detectar padrões nos movimentos do mercado e níveis de preço que tenham sido várias vezes atingidos no passado, para assim servirem de indicadores fiáveis no futuro, independentemente da empresa, da sua posição no sector ou mesmo da economia em geral. Os analistas técnicos acreditam que os preços se movem em padrões previsíveis nos quais fundamentam a sua decisão.

Enquanto a análise técnica se baseia no estudo das acções do mercado (preços, volume e open interest), a análise fundamental centra-se nas forças económicas.

Certos adeptos mais radicais da escola fundamental, recusam admitir a validade da teoria da análise técnica com o argumento de que o movimento dos preços ocorre aleatoriamente (sem padrões). Por sua vez, os analistas técnicos mais radicais defendem que o mercado desconta todos os argumentos fundamentais nos constantes movimentos de preços.

Muitos investidores optam por uma abordagem fundamental para seleccionar o seu investimento e recorrem aos gráficos para definir o tempo de entrada e de saída do mercado.

Críticas e limitações da análise técnica

A principal crítica feita à análise técnica é a de que os gráficos são muito subjectivos.

Outra critica apontada surge sob a forma de interrogação, baseando-se no facto dos analistas técnicos defenderem que os preços passados podem ser usados para prever preços futuros. Segundos os críticos da análise técnica, os gráficos dizem-nos onde os preços estiveram no passado, mas não nos dizem nada sobre onde se poderão encontra no futuro. Os gráficos apenas constatam o que se passou.

Refutação das criticas e limitações da analise técnica

Quanto á critica de que o recurso a padrões de mercado procura da uma resposta ao facto de se poderem prever certos movimentos de preços, com base em padrões que se têm repetido ao longo do tempo, os analistas técnicos defende que os investidores estão familiarizados com determinados padrões e actuam em conformidade perante o seu aparecimento. Esta atitude origina uma previsão evidente, onde compradores e vendedores actuam em resposta a esses padrões.

Já no que diz respeito à crítica de que o passado não nos diz nada sobre o futuro, os analistas técnicos defendem que a previsão das condições meteorológicas num futuro próximo se faz com base em informações do passado. Também nos caso do estudo da população, evolução da indústria e outros, as previsões são baseadas na sua generalidade, em experiências passadas, para assim preverem a sua evolução futura.

Ferramentas principais da análise técnica

Referências

<references />

Fontes

  • Viana R., Octávio , Estudos no Mercado de Capitais, Edição I, ATM/NYSE Euronext, pg. 73 a 81.
  • Pinto, Paulo; Oliveira, Hélio; Mateus, Nuno.Análise Técnica uma ferramenta fundamental, Edição I, ATM|Euronext, pg. 13 a 20.

Ver também

Artigos Think Finance