A vitória do SSD

Esta é uma tese simples e, eventualmente, ainda prematura.

A tese é o seguinte: os SSDs (Solid State Drives), dispositivos de armazenagem sólidos, vão vencer e tornar obsoletos os HDDs (Hard Disk Drives), os comuns discos rígidos. Os SSDs são aplicação de memória (RAM, ou mais normalmente Flash, que não perde os conteúdos quando desligada) no fabrico de dispositivos de armazenagem que substituem os discos.

Os SSDs são:

• Mais rápidos (tanto em tempos de acesso como em velocidade de transferência);
• Mais fiáveis;
• Mais leves;
• Consomem menos;
• Menos complexos.

As grandes desvantagens dos SSDs são historicamente a sua menor capacidade, e o seu maior custo (por unidade de capacidade). Porém, os SSDs são essencialmente constituídos de semicondutores, sem partes móveis, ao passo que os discos rígidos dependem na sua construção de muitas partes mecânicas de alta precisão. A evolução dos SSDs é assim paralela à dos semicondutores, pelo que ao longo do tempo as suas vantagens se têm alargado, e as suas desvantagens, diminuído, face aos HDDs, que também evoluem mas menos rapidamente.

Dada esta evolução diferenciada, é apenas uma questão de tempo até que os SSDs suplantem os HDDs em praticamente todas as aplicações mais comuns, restando para os HDDs apenas aplicações de nicho.

Alguns fabricantes de SSDs e tecnologia associada: Samsung, Sandisk (SNDK, $32.17), Micron (MU, $9.41).

Alguns fabricantes de HDDs: Seagate (STX, $19.73), Western Digital (WDC, $39.43).

Visto que o mercado de memórias é extremamente cíclico, não é garantido que uma vitória permanente dos SSDs resulte numa performance bolsista fantástica dos seus produtores. Porém, uma derrota dos HDDs deverá resultar numa performance bolsista muito má para os respectivos produtores que não se reconvertam.

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Autor

Incognitus, em 4/3/2010

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