Milton Friedman

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Milton Friedman.

Milton Friedman (Nova Iorque, 31 de Julho de 1912 — São Francisco, 16 de Novembro de 2006) foi um dos mais destacados economistas do século XX e um dos mais influentes teóricos do liberalismo económico e defensor do capitalismo laissez-faire e do fundamentalismo de livre mercado.

Originário de uma família judia muito pobre, cujos pais emigraram da actual Ucrânia, Friedman nasceu no bairro do Brooklyn, em Nova Iorque. Depois de completar sua educação básica com menos de dezesseis anos de idade, mesmo tendo perdido o pai, conseguiu manter-se na universidade graças a uma pequena bolsa e grandes sacrifícios financeiros.

No auge da Grande depressão (1932), Friedman concluiu seus estudos na Universidade Rutgers, tendo se destacado nas disciplinas de Matemática e Economia. Escolhe a Universidade de Chicago para cursar seu mestrado em Economia. Foi fortemente influenciado por Jacob Viner, Frank Knight e Henry Simons. É nesse contexto que começa a se enraizar na formação do pensamento de Friedman a idéia de que a solução para os problemas de uma sociedade é dada por um sistema de liberdade.

Depois de participar do Programa de Reconstrução do New Deal, especificamente num estudo sobre os padrões de consumo familiar, ingressa em 1946 na Universidade de Chicago, onde permanece até sua morte. Friedman foi colunista da revista semanal Newsweek e membro do Departamento Nacional de Pesquisas Económicas (EEUU). Muitas de suas idéias foram aplicadas na primeira fase do governo Nixon.

Por incrível que pareça, houve um longo período em que Friedman foi injustiçado, sendo-lhe atribuída conivência com o regime militar chileno. De fato, no começo dos anos 70, ele esteve no Chile e muitas de suas idéias económicas de cunho liberal foram adotadas naquele país. Alguns de seus ex-alunos chilenos, na pós-graduação do curso de Economia da Universidade de Chicago, ocuparam importantes ministérios no governo Pinochet. Eles revolucionaram a economia do Chile, que até hoje cresce vários pontos percentuais acima dos demais países sul-americanos.

Embora Friedman jamais tenha endossado a violência política e a supressão de garantias e liberdades individuais, os socialistas do mundo inteiro o associaram indevidamente aos excessos da ditadura chilena. Em 1976, quando ele recebeu o Nobel em Estocolmo, organizaram-se protestos na Suécia e em diversas partes do mundo. Hoje, o Chile, apesar de governado por uma coalizão de esquerda, não abandonou muitas das prescrições liberais de Friedman e o País segue conjugando liberdade com prosperidade.

Foi conselheiro dos Presidentes dos EUA: Richard Nixon, Gerald Ford e Ronald Reagan. Recusou sempre qualquer cargo político. Publicou numerosos livros sobre as diversas áreas que abordou, da macroeconomia à microeconomia, teoria monetária, estatística e história económica. No mais famoso desses livros, Capitalismo e Liberdade - publicado em plena Guerra Fria (1962), Friedman tece as bases do seu pensamento, argumentando que a liberdade económica é uma condição essencial para a liberdade das sociedades e dos indivíduos. Também produziu com sua esposa, Rose Friedman, a série de televisão Free to Choose que foi ao ar em 1980 no canal PBS nos EUA. A série tornou-se um livro homónimo que foi best-seller por 5 semanas seguidas.

O seu posicionamento fez-lhe muitos adversários no plano das idéias, e foi motivo de muitas controvérsias. Conduziu-o, no entanto, à liderança de uma doutrina de pensamento económico. Por suas realizações nos campos da análise do consumo, da história monetária e da teoria e demonstração da complexidade da política de estabilização, ele ganhou o Prémio Nobel de Economia de 1976.

Mesmo comparado a seus indiscutíveis méritos como economista, Milton Friedman foi ainda maior como defensor da liberdade. Corajosamente enfrentou polêmicas questões como a da liberação de drogas, embora certamente não recomendasse o seu uso. Durante décadas, defendeu um governo constitucionalmente limitado no seu papel, garantindo apenas a estabilidade monetária, as liberdades económicas e políticas, o Estado de direito, a democracia representativa e o direito de propriedade. Ao contrário do que muitos pensam, ele não era, nem de longe, um conservador. Não há idéia mais revolucionária do que a da liberdade. E poucos a defenderam ao longo do século XX com tanto ardor quanto Milton Friedman.



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