EV/EBITDA

Da Thinkfn
Revisão das 11h07min de 17 de novembro de 2007 por Incognitus (discussão | contribs)

O EV/EBITDA é um dos rácios financeiros mais usados. A principal vantagem do EV/EBITDA sobre o PER é o facto de que o EV/EBITDA leva em conta a estrutura financeira da empresa por via do uso do Enterprise value, ao mesmo tempo que ignora as diferentes políticas fiscais por via da utilização do EBITDA.

O EV/EBITDA é utilizado com muita frequência na comparação dos níveis de valorização dentro de uma mesma indústria, sendo também comum o cálculo do EV/EBITDA da totalidade da indústria.

Cálculo do EV/EBITDA

A fórmula para calcular o EV/EBITDA é, como indica a sigla:

\mbox{EV/EBITDA}=\frac{\mbox{Enterprise\ Value}}{\mbox{EBITDA}}


Vantagens do EV/EBITDA

A principal vantagem do EV/EBITDA é providenciar uma medida de valorização de cada empresa, mas sobre outros rácios financeiros, podemos ainda referir:

  • Em situações limite, perante capitalizações bolsistas muito elevadas ou resultados muito elevados, um PER elevado estará correlacionado com retornos futuros baixos, pela manifesta incapacidade de crescer fortemente os resultados e portanto de fazer diminuir substancialmente o PER nessa situação.
  • Também PERs muito baixos em situações de pÂnico de mercado, nas quais não exista realmente perspectiva de a actividade subjacente diminuir fortemente (por exemplo, em utilities) tenderão a levar a retornos elevados no futuro.


Defeitos do PER

O PER tem alguns defeitos óbvios:

  • Não leva em conta a estrutura de financiamento da empresa, excepto marginalmente via efeito dos custos financeiros nos resultados líquidos. Quer isso dizer que uma empresa muito endividada não vê esse facto reflectido muito negativamente no PER apresentado, sendo que outras medidas baseadas no enterprise value (EV) reflectirão melhor essa realidade;
  • Não leva em conta o crescimento da empresa, que faz com que um PER aparentemente elevado no presente possa ser um PER baixo no futuro próximo. Isto é particularmente grave se os resultados que estão a ser utilizados para calcular o PER forem baixos em termos absolutos, pois nesse caso terão facilidade em crescer a taxas percentuais muito elevadas;
  • Não leva em conta a capacidade da empresa reinvestir os fundos que gera a taxas elevadas, o que permite crescimento futuro também (ou seja, não leva em conta o ROE);
  • O PER é extremamente enganador na análise de empresas cíclicas, pois estas tendem a possuir PERs baixos no topo do ciclo (pois começam a descontar o fim inevitável deste), e PERs elevados (ou mesmo inexistentes devido aos prejuízos) no fundo do ciclo;´


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