Diferenças entre edições de "Demonstração de resultados"

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Revisão das 04h38min de 8 de outubro de 2007

A Demonstração de Resultados é ilustra como variou a situação patrimonial da empresa durante um período de tempo (um trimestre, um semestre, um ano), ou seja, de como decorreu a actividade da empresa.

Assim, numa Demonstração de Resultados mostram-se os proveitos e custos incorridos pela empresa durante o período em análise. O que a empresa vendeu, menos o que lhe custou aquilo que vendeu, menos os custos de manter a própria empresa em funcionamento, menos a amortização dos equipamentos usados na empresa, menos os custos de financiamento da empresa, menos os impostos que teve que pagar sobre os rendimentos assim gerados. O que sobra, é o resultado líquido (o lucro).

Desde logo é de notar que estes proveitos e custos geram-se no momento em que se dão os factos que os originam, e não necessariamente na data em que a empresa recebe ou paga o dinheiro a eles relativo. Essa é, aliás, a grande diferença entre a Demonstração de Resultados e o Mapa de Cash Flows.

Assim, quando uma empresa acorda vender algo a um cliente, imediatamente regista a venda e o custo daquilo que vendeu na sua conta de resultados, sendo que se o pagamento não for a pronto ela ficará com uma dívida do cliente no seu Balanço.

Da mesma forma, todos os meses a empresa reconhecerá parte do custo do subsídio de férias e natal dos seus empregados, mesmo sabendo-se que só os pagará mais tarde.

É à Demonstração de Resultados que iremos buscar as variáveis que nos ajudam a determinar se uma empresa está “cara” ou “barata” face à sua actividade (pois a Demonstração de Resultados espelha a actividade da empresa num dado período). Coisas como os Resultados Líquidos (expurgados de Resultados Extraordinários) usados para calcular o PER, ou o EBITDA/EBIT/Vendas usados para calcular EV/EBITDA, EV/EBIT, EV/Sales (Ver Enterprise value).

Para se compreender o­nde aparecem estas variáveis, abaixo está disposição normal para uma Demonstração de Resultados:

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Em certa medida, os resultados gerados por uma empresa são indissociáveis da forma como depois são aplicados, e essa forma afere-se pelo impacto dos resultados nas rúbricas do Balanço. Para o­nde é que vai o dinheiro que a empresa ganha?

Se vai para coisas que se podem desvalorizar (equipamentos, existências) ou para dar crédito a terceiros (clientes), de pouco servirá aos accionistas (excepto na medida em que permite a continuação e expansão da actividade). Se paga endividamento e em algum ponto acumula liquidez, isso mais tarde ou mais cedo poderá parar no bolso dos accionistas. Se está obrigada a investir constantemente em equipamento só para continuar a funcionar e ser competitiva, isso também pouco ajudará aos accionistas. Tem sempre que existir, no presente ou no futuro, a perspectiva de que os (bons) resultados da empresa se traduzam em dinheiro que será liberto para os seus accionistas, ou então pouco valor a empresa terá sejam quais forem os resultados apresentados.

Por outro lado, não raras vezes os resultados bons de uma empresa podem ser obscurecidos por resultados extraordinários negativos, ou por amortizações elevadas de investimentos elevados feitos no passado e que não se espera se repitam no futuro.