Diferenças entre edições de "Dízimo"

Da Thinkfn
(Categoria Impostos)
 
Linha 1: Linha 1:
'''Dízimo''' significa ''a décima parte'' de algo, paga voluntariamente ou através de [[taxa]] ou [[imposto]], normalmente para ajudar organizações religiosas [[judaísmo|judaicas]] ou [[cristianismo|cristãs]]. Apesar de atualmente estar associada à [[religião]], muitos [[rei]]s na Antigüidade exigiam o dízimo de seus povos.
+
'''Dízimo''' significa ''a décima parte'' de algo, paga voluntariamente ou através de [[taxa]] ou [[imposto]], normalmente para ajudar organizações religiosas judaicas ou cristãs. Apesar de atualmente estar associada à religião, muitos reis na Antiguidade exigiam o dízimo de seus povos.
  
Hoje, os dízimos são normalmente voluntários e pagos em [[dinheiro]], [[cheque]] ou [[ação|ações]], enquanto historicamente eram pagos na forma de bens, como com produtos agrícolas. Alguns países europeus permitem com força de lei que instituições religiosas instituam o dízimo como obrigatório.
+
Hoje, os dízimos são normalmente voluntários e pagos em [[dinheiro]], [[cheque]] ou [[acção|acções]], enquanto historicamente eram pagos na forma de bens, como com produtos agrícolas. Alguns países europeus permitem com força de lei que instituições religiosas instituam o dízimo como obrigatório.
  
 
=== Origem do Dízimo Religioso===
 
=== Origem do Dízimo Religioso===
O Dízimo nas religiões Abraâmicas foi instituído na Lei de [[Moisés]], estipulado para manter os sacerdotes e a tribo de Levi, que mantinha o [[Tabernáculo]] e depois o Templo, já que eles não poderiam possuir herdades e  territórios como as outras tribos. Também o dinheiro era usado para assistir os órfãos, viúvas e os pobres. Depois da destruição do Templo no ano 70 DC a classe sacerdotal e os sacrifícios foram desmantelados, assim os rabinos passaram a recomendar que os judeus contribuissem em obras caritativas.  
+
O Dízimo nas religiões Abraâmicas foi instituído na Lei de Moisés, estipulado para manter os sacerdotes e a tribo de Levi, que mantinha o Tabernáculo e depois o Templo, já que eles não poderiam possuir herdades e  territórios como as outras tribos. Também o dinheiro era usado para assistir os órfãos, viúvas e os pobres. Depois da destruição do Templo no ano 70 DC a classe sacerdotal e os sacrifícios foram desmantelados, assim os rabinos passaram a recomendar que os judeus contribuissem em obras caritativas.  
  
 
[http://pt_wikisource.org/w/index.php?title=Ferreira_de_Almeida_Atualizada/Malaquias/III&oldid=65605 Malaquias 3:10]
 
[http://pt_wikisource.org/w/index.php?title=Ferreira_de_Almeida_Atualizada/Malaquias/III&oldid=65605 Malaquias 3:10]
  
=== Dízimo sob a ótica Protestante ===
+
=== Dízimo sob a óptica Protestante ===
 +
A primeira menção de dízimo na Bíblia está registrada no livro Gênesis, capítulo 14, referindo-se à uma atitude voluntariosa de Abraão, ora  Abrão, quando depois de uma guerra, ele "deu o dízimo de tudo" a um sacerdote de quem pouco se sabe, chamado Melquisedeque. Um segundo relato, ainda pré Mosaico, é registrado sob a forma de promessa voluntária. Após uma noite em que teve um sonho que julgou revelador, Jacó, neto de Abraão, também comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos - "oferecerei o dízimo de tudo que me deres" - caso Deus o guardasse e protejesse.
  
A primeira menção de dízimo na Bíblia está registrado no livro [[Gênesis]], capítulo 14, referindo-se à uma atitude voluntariosa de Abraão, ora  Abrão, quando depois de uma guerra, ele "deu o dízimo de tudo" a um sacerdote de quem pouco se sabe, chamado Melquisedeque. Um segundo relato, ainda pré Mosaico, é registrado sob a forma de promessa voluntária. Após uma noite em que teve um sonho que julgou revelador, Jacó, neto de Abraão, também comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos - "oferecerei o dízimo de tudo que me deres" - caso Deus o guardasse e protejesse.
+
Posteriormente, a lei Mosaica prevê um imposto de 10 por cento (dízimas) dos animais e colheitas recolhidos uma vez ao ano, registrado em Levítico 27. Há também um aspecto mais abrangente desse imposto, relatado em Deuteronômios 14, onde percebem-se alguns aspectos que não foram explicitados em Levítico, como: razão de culto, interação familiar e auxílio a classe sacerdotal. Também está registrado no contexto, que a cada três anos, esses dízimos deveriam ser instrumentos de auxílio social, notadamente para os levitas (sacerdotes), estrangeiros, órfãos e viúvas.
 
+
Posteriormente, a lei Mosaica prevê um imposto de 10 por cento (dízimas) dos animais e colheitas recolhidos uma vez ao ano, registrado em [[Levítico]] 27. Há também um aspecto mais abrangente desse imposto, relatado em Deuteronômios 14, onde percebem-se alguns aspectos que não foram explicitados em Levítico, como: razão de culto, interação familiar e auxílio a classe sacerdotal. Também está registrado no contexto, que a cada três anos, esses dízimos deveriam ser instrumentos de auxílio social, notadamente para os levitas (sacerdotes), estrangeiros, órfãos e viúvas.
+
  
 
Os próprios sacerdotes, devido a um afroxamento no rigor de cumprir a Lei e desvios na conduta dos homens que cuidavam do serviço sacerdotal, foram avisados e amaldiçoados por Deus, no ministério do profeta Malaquias. E foram advertidos que se não mudassem de comportamento em relação às ofertas e ao dízimo, Deus tornaria as suas bênçãos em maldição Malaquias 2 e mandaria o anjo do Senhor para preparar os Seus caminhos afim de que viesse Jesus Cristo com uma nova doutrina.
 
Os próprios sacerdotes, devido a um afroxamento no rigor de cumprir a Lei e desvios na conduta dos homens que cuidavam do serviço sacerdotal, foram avisados e amaldiçoados por Deus, no ministério do profeta Malaquias. E foram advertidos que se não mudassem de comportamento em relação às ofertas e ao dízimo, Deus tornaria as suas bênçãos em maldição Malaquias 2 e mandaria o anjo do Senhor para preparar os Seus caminhos afim de que viesse Jesus Cristo com uma nova doutrina.
  
Desde a [[Reforma]] as igrejas protestantes tradicionais creêm que sob a [[Graça]] o dízimo não é válido visto que o Sacrifício de Cristo cumpriu a [[Torá]], houve o fim templo, e a crença no sacerdócio universal anulava a existência de uma casta sacerdotal. As igrejas protestantes  tradicionais (reformadas, luteranas, anabatistas) utilizam-se várias formas para a manutenção, como subscrições, ofertas voluntária e em alguns casos fundos estatais. Mas mesmo assim a prática do dízimo é empregada hoje por várias denominações pentecostais ou neo-pententecostais, principalmente na América Latina.
+
Desde a Reforma as igrejas protestantes tradicionais creêm que sob a Graça o dízimo não é válido visto que o Sacrifício de Cristo cumpriu a Torá, houve o fim templo, e a crença no sacerdócio universal anulava a existência de uma casta sacerdotal. As igrejas protestantes  tradicionais (reformadas, luteranas, anabatistas) utilizam-se várias formas para a manutenção, como subscrições, ofertas voluntária e em alguns casos fundos estatais. Mas mesmo assim a prática do dízimo é empregada hoje por várias denominações pentecostais ou neo-pententecostais, principalmente na América Latina.
  
 
===Dízimo no Catolicismo Brasileiro===
 
===Dízimo no Catolicismo Brasileiro===
No Brasil o dízimo voltou a ser implantado pela CNBB na Igreja Católica após [[1969]], quando o sistema de pagamento de taxas pelos serviços prestados pela Igreja haviam sido consideradas "pastoralmente inadequadas". Por essa sugestão, os dízimos não tinham sentido meramente monetário, mas centravam-se em atender às necessidades das dimensões social, religiosa e missionária assumidas pela Igreja.
+
No Brasil o dízimo voltou a ser implantado pela CNBB na Igreja Católica após 1969, quando o sistema de pagamento de taxas pelos serviços prestados pela Igreja haviam sido consideradas "pastoralmente inadequadas". Por essa sugestão, os dízimos não tinham sentido meramente monetário, mas centravam-se em atender às necessidades das dimensões social, religiosa e missionária assumidas pela Igreja.
  
 
Desde então não se utilizava mais a estipulação de porcentagem da renda dos adeptos, mas uma doação de compromisso de acordo com a sua possibilidade e disposição, uma proposta de participação do fiel na Igreja. Todavia, a maioria das paróquias não possuía esta prática implementada.
 
Desde então não se utilizava mais a estipulação de porcentagem da renda dos adeptos, mas uma doação de compromisso de acordo com a sua possibilidade e disposição, uma proposta de participação do fiel na Igreja. Todavia, a maioria das paróquias não possuía esta prática implementada.
  
  
O [[Papa Bento XVI]] extinguiu o termo "dízimos" do quinto Mandamento da Igreja, conforme Compêndio do Catecismo da [[Igreja Católica]] por ele promulgado em 28 de junho de 2005 e republicado pela [[Conferência Nacional dos Bispos do Brasil]]. O Quinto Mandamento agora é assim: "Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades".
+
O Papa Bento XVI extinguiu o termo "dízimos" do quinto Mandamento da Igreja, conforme Compêndio do Catecismo da Igreja Católica por ele promulgado em 28 de junho de 2005 e republicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O Quinto Mandamento agora é assim: "Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades".
  
 
Deve-se considerar que a intitulada "pastoral do dízimo", cuja expansão verificou-se nos últimos anos, num ato simplório, reduzira o antigo termo "dízimos" para o singular "dízimo",  que não encontrava outro significado senão a décima parte.  O Papa Bento XVI, extinguindo o termo "dízimos" trouxe à frase o seu real significado, ou seja, a obrigação de contribuir com as necessidades da Igreja, sem nenhuma relação com taxação de 10%. Conseqüentemente, não faz mais sentido a existência dessa pastoral, que sempre esteve na contra-mão do que diz a doutrina da Igreja a respeito, portanto, contra as determinações romanas.
 
Deve-se considerar que a intitulada "pastoral do dízimo", cuja expansão verificou-se nos últimos anos, num ato simplório, reduzira o antigo termo "dízimos" para o singular "dízimo",  que não encontrava outro significado senão a décima parte.  O Papa Bento XVI, extinguindo o termo "dízimos" trouxe à frase o seu real significado, ou seja, a obrigação de contribuir com as necessidades da Igreja, sem nenhuma relação com taxação de 10%. Conseqüentemente, não faz mais sentido a existência dessa pastoral, que sempre esteve na contra-mão do que diz a doutrina da Igreja a respeito, portanto, contra as determinações romanas.
  
 
===Dízimos e Dízimo===
 
===Dízimos e Dízimo===
 
 
Até bem pouco tempo,  o quinto Mandamento da Igreja Católica era: "Pagar dízimos conforme o costume". Aqueles "dízimos" sem o artigo definido ("o" dízimo) nunca representaram a décima parte; por convenção reforçada predicalmente "conforme o costume", compreendia-se na realidade toda a arrecadação da paróquia como sempre o foi, ou seja, direitos de estola ou direitos de pé-de-altar ou ainda, dízimos diretos, benesses. Talvez pela baralhada infundida por muitos membros de pastorais, especialmente no Brasil, é que o Papa Bento XVI tenha acabado com a confusão. Ou seja, dízimo, efetivamente nunca existiu na Igreja Católica e o Papa confirmou isso suprimindo o termo "dízimos", ora deturpado e reduzido ao singular pelas pastorais do "dízimo".
 
Até bem pouco tempo,  o quinto Mandamento da Igreja Católica era: "Pagar dízimos conforme o costume". Aqueles "dízimos" sem o artigo definido ("o" dízimo) nunca representaram a décima parte; por convenção reforçada predicalmente "conforme o costume", compreendia-se na realidade toda a arrecadação da paróquia como sempre o foi, ou seja, direitos de estola ou direitos de pé-de-altar ou ainda, dízimos diretos, benesses. Talvez pela baralhada infundida por muitos membros de pastorais, especialmente no Brasil, é que o Papa Bento XVI tenha acabado com a confusão. Ou seja, dízimo, efetivamente nunca existiu na Igreja Católica e o Papa confirmou isso suprimindo o termo "dízimos", ora deturpado e reduzido ao singular pelas pastorais do "dízimo".
  
Linha 38: Linha 36:
 
* [[Zakat]]
 
* [[Zakat]]
  
== {{Ligações externas}}==
+
==Links relevantes==
 
* [http://www.paginaoriente.com/catecismo/cincomandamentos.htm Os Mandamentos da Igreja - onde o Papa Bento XVI extinguiu o termo dízimos]
 
* [http://www.paginaoriente.com/catecismo/cincomandamentos.htm Os Mandamentos da Igreja - onde o Papa Bento XVI extinguiu o termo dízimos]
 
* [http://web.archive.org/web/20051230172809/http://protestantes.renascebrasil.com.br/e_dizimo.htm Projeto Renasce Brasil - A entrega do dízimo não é dar 10% mas sim um terço dos 10%!]
 
* [http://web.archive.org/web/20051230172809/http://protestantes.renascebrasil.com.br/e_dizimo.htm Projeto Renasce Brasil - A entrega do dízimo não é dar 10% mas sim um terço dos 10%!]
 
 
* [http://portoghese.lanuovavia.org/portoghese_faq_decima_01.htm Portal Novo Caminho - Estudo "Um Cristão deve pagar o dízimo?"]
 
* [http://portoghese.lanuovavia.org/portoghese_faq_decima_01.htm Portal Novo Caminho - Estudo "Um Cristão deve pagar o dízimo?"]
 
 
* [http://www.jesusvoltara.com.br/info/dizimo.htm Portal JesusVoltara - Breve estudo sobre o dízimo]
 
* [http://www.jesusvoltara.com.br/info/dizimo.htm Portal JesusVoltara - Breve estudo sobre o dízimo]
 
* [http://www.paginaoriente.com/livro/artigoix.htm  Dízimos - artigo católico - Livro oriente]
 
* [http://www.paginaoriente.com/livro/artigoix.htm  Dízimos - artigo católico - Livro oriente]
  
{{esboço-religião}}
+
 
 +
 
 
{{Wikipedia|Dízimo}}
 
{{Wikipedia|Dízimo}}
  
[[Categoria:Práticas religiosas]]
+
[[Categoria:Fiscalidade]][[Categoria:Conceitos]]
[[Categoria:Fiscalidade]]
+
[[Categoria:Conceitos]]
+
[[categoria:Impostos]]
+

Revisão das 10h47min de 4 de outubro de 2008

Dízimo significa a décima parte de algo, paga voluntariamente ou através de taxa ou imposto, normalmente para ajudar organizações religiosas judaicas ou cristãs. Apesar de atualmente estar associada à religião, muitos reis na Antiguidade exigiam o dízimo de seus povos.

Hoje, os dízimos são normalmente voluntários e pagos em dinheiro, cheque ou acções, enquanto historicamente eram pagos na forma de bens, como com produtos agrícolas. Alguns países europeus permitem com força de lei que instituições religiosas instituam o dízimo como obrigatório.

Origem do Dízimo Religioso

O Dízimo nas religiões Abraâmicas foi instituído na Lei de Moisés, estipulado para manter os sacerdotes e a tribo de Levi, que mantinha o Tabernáculo e depois o Templo, já que eles não poderiam possuir herdades e territórios como as outras tribos. Também o dinheiro era usado para assistir os órfãos, viúvas e os pobres. Depois da destruição do Templo no ano 70 DC a classe sacerdotal e os sacrifícios foram desmantelados, assim os rabinos passaram a recomendar que os judeus contribuissem em obras caritativas.

Malaquias 3:10

Dízimo sob a óptica Protestante

A primeira menção de dízimo na Bíblia está registrada no livro Gênesis, capítulo 14, referindo-se à uma atitude voluntariosa de Abraão, ora Abrão, quando depois de uma guerra, ele "deu o dízimo de tudo" a um sacerdote de quem pouco se sabe, chamado Melquisedeque. Um segundo relato, ainda pré Mosaico, é registrado sob a forma de promessa voluntária. Após uma noite em que teve um sonho que julgou revelador, Jacó, neto de Abraão, também comprometeu-se voluntariamente a dar dízimos - "oferecerei o dízimo de tudo que me deres" - caso Deus o guardasse e protejesse.

Posteriormente, a lei Mosaica prevê um imposto de 10 por cento (dízimas) dos animais e colheitas recolhidos uma vez ao ano, registrado em Levítico 27. Há também um aspecto mais abrangente desse imposto, relatado em Deuteronômios 14, onde percebem-se alguns aspectos que não foram explicitados em Levítico, como: razão de culto, interação familiar e auxílio a classe sacerdotal. Também está registrado no contexto, que a cada três anos, esses dízimos deveriam ser instrumentos de auxílio social, notadamente para os levitas (sacerdotes), estrangeiros, órfãos e viúvas.

Os próprios sacerdotes, devido a um afroxamento no rigor de cumprir a Lei e desvios na conduta dos homens que cuidavam do serviço sacerdotal, foram avisados e amaldiçoados por Deus, no ministério do profeta Malaquias. E foram advertidos que se não mudassem de comportamento em relação às ofertas e ao dízimo, Deus tornaria as suas bênçãos em maldição Malaquias 2 e mandaria o anjo do Senhor para preparar os Seus caminhos afim de que viesse Jesus Cristo com uma nova doutrina.

Desde a Reforma as igrejas protestantes tradicionais creêm que sob a Graça o dízimo não é válido visto que o Sacrifício de Cristo cumpriu a Torá, houve o fim templo, e a crença no sacerdócio universal anulava a existência de uma casta sacerdotal. As igrejas protestantes tradicionais (reformadas, luteranas, anabatistas) utilizam-se várias formas para a manutenção, como subscrições, ofertas voluntária e em alguns casos fundos estatais. Mas mesmo assim a prática do dízimo é empregada hoje por várias denominações pentecostais ou neo-pententecostais, principalmente na América Latina.

Dízimo no Catolicismo Brasileiro

No Brasil o dízimo voltou a ser implantado pela CNBB na Igreja Católica após 1969, quando o sistema de pagamento de taxas pelos serviços prestados pela Igreja haviam sido consideradas "pastoralmente inadequadas". Por essa sugestão, os dízimos não tinham sentido meramente monetário, mas centravam-se em atender às necessidades das dimensões social, religiosa e missionária assumidas pela Igreja.

Desde então não se utilizava mais a estipulação de porcentagem da renda dos adeptos, mas uma doação de compromisso de acordo com a sua possibilidade e disposição, uma proposta de participação do fiel na Igreja. Todavia, a maioria das paróquias não possuía esta prática implementada.


O Papa Bento XVI extinguiu o termo "dízimos" do quinto Mandamento da Igreja, conforme Compêndio do Catecismo da Igreja Católica por ele promulgado em 28 de junho de 2005 e republicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O Quinto Mandamento agora é assim: "Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades".

Deve-se considerar que a intitulada "pastoral do dízimo", cuja expansão verificou-se nos últimos anos, num ato simplório, reduzira o antigo termo "dízimos" para o singular "dízimo", que não encontrava outro significado senão a décima parte. O Papa Bento XVI, extinguindo o termo "dízimos" trouxe à frase o seu real significado, ou seja, a obrigação de contribuir com as necessidades da Igreja, sem nenhuma relação com taxação de 10%. Conseqüentemente, não faz mais sentido a existência dessa pastoral, que sempre esteve na contra-mão do que diz a doutrina da Igreja a respeito, portanto, contra as determinações romanas.

Dízimos e Dízimo

Até bem pouco tempo, o quinto Mandamento da Igreja Católica era: "Pagar dízimos conforme o costume". Aqueles "dízimos" sem o artigo definido ("o" dízimo) nunca representaram a décima parte; por convenção reforçada predicalmente "conforme o costume", compreendia-se na realidade toda a arrecadação da paróquia como sempre o foi, ou seja, direitos de estola ou direitos de pé-de-altar ou ainda, dízimos diretos, benesses. Talvez pela baralhada infundida por muitos membros de pastorais, especialmente no Brasil, é que o Papa Bento XVI tenha acabado com a confusão. Ou seja, dízimo, efetivamente nunca existiu na Igreja Católica e o Papa confirmou isso suprimindo o termo "dízimos", ora deturpado e reduzido ao singular pelas pastorais do "dízimo".

Ver também

Links relevantes


Smallwikipedialogo.png

Esta página usa conteúdo da Wikipedia. O artigo original estava em Dízimo. Tal como o Think Finance neste artigo, o texto da Wikipedia está disponível segundo a GNU Free Documentation License.