Crack spread

Da Thinkfn
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Na industria petrolífera, e na transacção de futuros, Crack spread é o diferencial entre o preço do petróleo e os produtos derivados do petróleo dele extraídos; por outras palavras, é a margem de lucro que uma refinaria pode esperar ao extrair produtos do petróleo. Em química "craking" significa separar as partes componentes de uma substância: neste caso, refere-se à extracção de derivados de petróleo do crude.

Nos mercados de futuros, o "crack spread" é um spread trade específico que involve simultaneamente comprar e vender contratos de crude e de um ou mais produtos derivados, tipicamente gasolina ou "heating oil" (diesel). As refinarias podem transaccionar um "crack spread" para fazer hedging do seu negócio, enquanto os especuladores tentam lucrar com mudanças da relação entre crude e gasolina ou outros derivados.

Factores que afectam o crack spread

Um dos factores mais importantes que afecta o crack spread, é a proporção relativa dos vários produtos derivados do petróleo produzidos por uma refinaria. As refinarias produzem muitos produtos a partir do petróleo, incluindo gasolina, kerosene, diesel, heating oil, combustível para aviões, asfalto e outros. Até um certo grau, a proporção de cada produto produzido pode ser variada de forma a responder às condições do mercado, por exemplo ditadas pela sazonalidade (com maior consumo de gasolina no verão, de heating oil no inverno, etc).

O mix de produtos refinados também é afectado pelo tipo de crude processado por uma refinaria, e pelas capacidades da refinaria. Crude mais pesado (Heavy) possui uma proporção maior de hidrocarbonetos pesados. Como resultado, o Heavy crude é mais difícil de refinar para produzir produtos leves tais como gasolina. Uma refinaria usando processos menos sofisticados estará confinada na sua capacidade de optimizar o seu mix de produtos refinados quando processa heavy crude.

Trading de futuros

Para companhias petrolíferas integradas, que controlam toda a sua cadeia de produção da extracção petrolífera até ao retalho dos produtos refinados, existe um hedge económico natural face a movimentos adversos do preço. Para refinadoras independentes que compram o crude e vendem produtos refinados no mercado grossista, movimentos adversos do preço do petróleo ou produtos podem significar um risco económico substancial. Dado um mix óptimo de produção, uma refinaria independente pode tentar fazer um hedge comprando crude via futuros, e vendendo futuros do seu produto refinado, de acordo com as proporções de produção óptimas.

Por simplicidade, a maior parte das refinarias que desejam fazer um hedge para a sua exposição, têm usado um rácio geralmente expresso por X:Y:Z onde o X representa um número de barris de crude, O Y representa o número de barris de distilado sujeito à condição X=Y+Z. Este rácio de crack é usado para fazer hedging comprando X barris de crude e vendendo Y barris de gasolina e Z barris de destilado no mercado de futuros. Este crack spread X:Y:Z reflecte o spread obtido por transaccionar crude, gasolina e distilado de acordo com esse rácio. Rácios bastante usados incluem 3:2:1, 5:3:2 e 2:1:1.<ref>Petroleum Refining Overview</ref>. O rácio crack spread 3:2:1 é o mais comum entre estes, e os crack spread usualmente quotados são o "Gulf Coast 3:2:1" e o "Chicago 3:2:1".

Vários intermediários financeiros no mercado de commodities criaram produtos para facilitar o trading de crack spreads, Por exemplo a NYMEX oferece futuros sobre crack spreads virtuais ao tratar um basket de contratos futuros do NYMEX correspondente a um crack spread como uma só transacção. <ref>Ver NYMEX Crack Spread Handbook</ref>. Tratar baskets de futuros de crack spreads como uma só transacção tem a vantagem de reduzir as margens necessárias para uma posição de futuros num crack spread. Outros participantes que transaccionam no over the counter oferecem produtos ainda mais costumizados.

A seguinte discussão de contractos de crack spread vem da publicação "Derivativos e gestão do risco nas indústrias de petróleo, gás natural e electricidade", da Energy Information Administration. <ref>Ver subsecção Crack Spread Contracts do capitulo 3. Managing Risk With Derivatives in the Petroleum and Natural Gas Industries</ref>

Refiners’ profits are tied directly to the spread, or difference, between the price of crude oil and the prices of refined products. Because refiners can reliably predict their costs other than crude oil, the spread is their major uncertainty. One way in which a refiner could ensure a given spread would be to buy crude oil futures and sell product futures. Another would be to buy crude oil call options and sell product put options. Both of those strategies are complex, however, and they require the hedger to tie up funds in margin accounts.

To ease this burden, NYMEX in 1994 launched the crack spread contract. NYMEX treats crack spread purchases or sales of multiple futures as a single trade for the purposes of establishing margin requirements. The crack spread contract helps refiners to lock-in a crude oil price and heating oil and unleaded gasoline prices simultaneously in order to establish a fixed refining margin. One type of crack spread contract bundles the purchase of three crude oil futures (30,000 barrels) with the sale a month later of two unleaded gasoline futures (20,000 barrels) and one heating oil future (10,000 barrels). The 3-2-1 ratio approximates the real-world ratio of refinery output—2 barrels of unleaded gasoline and 1 barrel of heating oil from 3 barrels of crude oil. Buyers and sellers concern themselves only with the margin requirements for the crack spread contract. They do not deal with individual margins for the underlying trades. <p>An average 3-2-1 ratio based on sweet crude is not appropriate for all refiners, however, and the OTC market provides contracts that better reflect the situation of individual refineries. Some refineries specialize in heavy crude oils, while others specialize in gasoline. One thing OTC traders can attempt is to aggregate individual refineries so that the trader’s portfolio is close to the exchange ratios. Traders can also devise swaps that are based on the differences between their clients’ situations and the exchange standards. </blockquote>

References

<references />

External links