Bolha

Da Thinkfn

Uma Bolha, também conhecida por bolha económica, bolha especulativa, ou bolha financeira, ocorre quando os preços de um activo sobem de forma desmesurada face ao seu valor real.

As bolhas tendem a:

  1. formar-se no segundo ano de cada década,
  2. ter uma duração média de 8 anos,
  3. levar a uma subida dos preços entre 500% a 800%,
  4. terminar no primeiro ano da década seguinte.

Exemplos

Exemplos de bolhas especulativas:

  • Ouro (1972-1980)
  • Japão, Nikkei e Imobiliário (1982-1990)
  • Alemanha, Acções Tecnológicas (1992-2000)

Formação

O aparecimento de um "mito" ("ninguém vai aceitar papel-moeda", "as técnicas de gestão japonesas são superiores", "a tecnologia vai mudar a forma como trabalhamos") é uma condição necessária ao aparecimento de uma bolha.

O excesso de liquidez monetária (provocado por exemplo por um processo de descida de taxas de juro) é normalmente o combustível que alimenta a formação de uma bolha.

Historicamente, verifica-se que as bolhas tendem a formar-se no segundo ano de cada década.

Tipos

Existem vários tipos de bolhas.

Quanto aos activos onde ocorrem:

  1. Bolhas que ocorrem em activos não-produtivos (imobiliário, ouro, túlipas, ...). Os preços sobem porque são influenciados por factores de "raridade".
  2. Bolhas que ocorrem em activos produtivos (canais, caminhos de ferro, telecomunicações, ...). Os preços sobem porque os investidores avaliam de forma errada o retorno futuro dos activos.

Quanto à forma como são financiadas:

  1. Bolhas financiadas por bancos. Quanto rebentam, o capital dos bancos desaparece. A velocidade de circulação da moeda entra em colapso e a economia entra numa crise deflacionária.
  2. Bolhas financiadas pelos mercados de capitais (obrigações, acções, ...). Quem detém os activos vê o seu valor desaparecer, especialmente se usou alavancagem.

O pior tipo de bolha é aquela que ocorre num activo não produtivo, e é financiada pelo sistema bancário. O tipo de bolha com consequências menos nefastas ocorre num activo produtivo e é financiada pelos mercados de capitais.

Duração

Historicamente as bolhas tendem ter uma duração média de 8 anos, e levam a uma subida dos preços dos activos entre 500% a 800%.

Colapso

O colapso das bolhas ocorre normalmente quando se verifica em simultâneo, uma valorização excessiva dos activos (tornam-se "historicamente caros") e uma redução da liquidez monetária (por exemplo, uma subida das taxas de juro por parte do Banco Central).

Ver também