Bem (economia)

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Em economia, um bem ou bem económico, (good), é qualquer objecto, serviço ou direito que aumenta a utilidade, directa ou indirectamente. Um bem que não pode ser directamente usado pelos consumidores, como por exemplo um edifício de escritórios ou um equipamento, também pode ser definido como um bem enquanto fonte indirecta de utilidade, através do seu valor de revenda ou como fonte de rendimento.

Na macroeconomia e na contabilidade, o bem é contrastado com o serviço. Aqui, um bem é definido como um produto físico (tangível), que exibe a capacidade de ser entregue a um comprador e envolve a transferência de posse, do vendedor para o comprador, como por exemplo uma maçã, em oposição a um serviço (intangível) como um corte de cabelo. Um termo mais genérico, que preserva a distinção entre bens e serviços é o termo commodity. Na microeconomia, 'bem' é frequentemente usado neste sentido mais inclusivo de commodity.

Características de utilidade dos bens

Um bem é um objecto cujo consumo aumenta a utilidade do seu consumidor, sendo que a quantidade procurada excede a quantidade oferecida a custo zero. Os bens são frequentemente modelados como tendo uma utilidade marginal decrescente: cada unidade adicional do bem que é consumida, tem, para o consumidor, um valor menor do que o da unidade anterior. Por exemplo, para um consumidor sedento, o primeiro copo de água tem um valor maior do que o segundo. E este, do que um terceiro. À medida que o consumo do bem aumenta, a utilidade marginal de cada unidade adicional aproxima-se do zero, para esse consumidor. Assumindo que o bem não pode ser revendido pelo consumidor, existe um ponto a partir do qual o consumidor declina a compra de um copo de água adicional, mesmo a um preço muito próximo de zero. Esta utilidade marginal é o ponto de saciamento do consumidor.

Nalguns casos, como no exemplo do copo de água anterior, o limite inferior da utilidade do bem, à medida que a quantidade de consumo aumenta, é zero. Noutros, a utilidade de um bem pode mesmo ultrapassar o zero, mudando de positiva para negativa ao longo do tempo. Isto significa que aquilo que inicialmente é um benefício pode tornar-se prejudicial se for consumido em demasia. Por exemplo, um copo de vinho pode ter utilidade positiva mas, além de um certo ponto, unidades adicionais podem reduzir o grau de satisfação do consumidor.

Algumas coisas são úteis mas não suficientemente raras para terem valor monetário como, por exemplo, o ar. Estas coisas são designadas "bens livres".

Classificação dos bens e serviços

Os economistas classificam os bens e serviços económicos de acordo com algumas das suas características, a saber:

Ver também

Referências

  • Neves, João César das. (2003). O que é a Economia?, 2ª Edição. Principia. ISBN 972-8500-98-X.
  • Bannock, Graham et al. (1997). Dictionary of Economics, Penguin Books.
  • Milgate, Murray (1987), "goods and commodities," The New Palgrave: A Dictionary of Economics, v. 2, pp. 546-48. Inclui usos históricos e contemporâneos do termo em economia.