Diferenças entre edições de "Acção"

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O ponto fundamental é que os vendedores “vendem” ideias para as quais sabem que existe receptividade no mercado—não aquilo que eventualmente faça mais sentido comprar. É por isso que a seguir a um ''rally'' gigantesco da energia, se vêem tantos [[IPO|IPOs (OPVs)]] de empresas energéticas bem como o lançamento de fundos temáticos de energias e energias alternativas. É por isso que após um ''rally'' gigantesco de tecnológicas, o mesmo acontece mas os IPOs são de tecnológicas e os fundos temáticos são de tecnologia.
 
O ponto fundamental é que os vendedores “vendem” ideias para as quais sabem que existe receptividade no mercado—não aquilo que eventualmente faça mais sentido comprar. É por isso que a seguir a um ''rally'' gigantesco da energia, se vêem tantos [[IPO|IPOs (OPVs)]] de empresas energéticas bem como o lançamento de fundos temáticos de energias e energias alternativas. É por isso que após um ''rally'' gigantesco de tecnológicas, o mesmo acontece mas os IPOs são de tecnológicas e os fundos temáticos são de tecnologia.
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==As primeiras acções em Portugal==
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[[Imagem:AccaoCompanhiaGraoParaEMaranhao1755.jpg|right|thumb|201px|Acção da Companhia do Grão-Pará e Maranhão (1755), uma das primeiras em Portugal. Segundo o [http://museudopapelmoeda.blogspot.com/ Museu do Papel Moeda], há quem defenda que foram consideradas notas, dado terem circulado de mão em mão como forma de pagamento.<br />Imagem: [http://museudopapelmoeda.blogspot.com/2008/04/aces-do-sculo-xviii.html Museu do Papel Moeda.]]]
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As primeiras acções em Portugal surgiram no século XVIII. Foram emitidas pelas Companhias régias criadas pelo Marquês de Pombal, para desenvolvimento da economia. As companhias foram a Companhia do Comércio da Ásia (1753), a Companhia do Grão-Pará e Maranhão (1755), a Companhia de Pesca da Baleia e a Companhia das Vinhas do Alto Douro (1756) e a Companhia de Pernambuco e Paraíba (1759).<ref>{{cite web
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O Museu do Papel Moeda, no Porto, tem em exposição acções variadas de companhias privadas, do Banco de Portugal e de bancos privados, entre outras. As do século XIX e dos primeiros anos do século XX são, devido às ilustrações, verdadeiras obras de arte. As mais importantes e raras são as da época do Marquês de Pombal e as que Rafael Bordalo Pinheiro desenhou para a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
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==Referências==
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==Ver também==
 
==Ver também==

Revisão das 09h10min de 3 de dezembro de 2008

Uma acção é um título que representa parte do capital de uma sociedade anónima, dando ao seu proprietário o direito de partilhar dos resultados dessa empresa, e dando-lhe poderes para intervir no governo da sociedade (via o seu direito de voto).

O valor de uma acção vem dos resultados que a empresa gera e se espera que venha a gerar, mais o valor atribuído ao poder de influenciar o destino da empresa, via controlo da maioria dos direitos de voto.

Direitos da acção

A propriedade de acções confere vários direitos, nomeadamente:

  • Direito de assistência e voto nas Assembleias Gerais, sendo o voto proporcional à quantidade e classe das acções detidas (podendo existir diferentes classes com diferentes direitos de voto);
  • Direito à distribuição de dividendos se para tal existirem resultados e essa for a decisão da sociedade. Os dividendos serão distribuidos na proporção da quantidade de acções detida, e da classe a que estas pertençam (podendo existir diferentes classes com diferentes direitos em matéria de dividendos);
  • Direito à quota parte da situação líquida apurada no caso de liquidação da sociedade, em função da quantidade de acções detidas, e respectiva classe.

A Acção como produto

18px Ver artigo principal: O que é uma acção?.

O investidor, compra acções na expectativa de que a actividade da empresa valorize o seu investimento. Mas o mercado de capitais obtém rendimentos das operações financeiras que envolvem as acções, e não da actividade da empresa. Em resultado, as instituições à volta do mercado encaram as acções como um produto, que é necessário promover e distribuir para gerar transacções.

As redes de distribuição são as grandes casas como a Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP Morgan, etc, nas quais todos os dias os vendedores vão bater à porta de potenciais clientes. Os vendedores são apoiados pelo research, que gera as razões para se comprar e vender acções com base em acontecimentos de curto prazo.

O ponto fundamental é que os vendedores “vendem” ideias para as quais sabem que existe receptividade no mercado—não aquilo que eventualmente faça mais sentido comprar. É por isso que a seguir a um rally gigantesco da energia, se vêem tantos IPOs (OPVs) de empresas energéticas bem como o lançamento de fundos temáticos de energias e energias alternativas. É por isso que após um rally gigantesco de tecnológicas, o mesmo acontece mas os IPOs são de tecnológicas e os fundos temáticos são de tecnologia.

As primeiras acções em Portugal

Acção da Companhia do Grão-Pará e Maranhão (1755), uma das primeiras em Portugal. Segundo o Museu do Papel Moeda, há quem defenda que foram consideradas notas, dado terem circulado de mão em mão como forma de pagamento.Imagem: Museu do Papel Moeda.

As primeiras acções em Portugal surgiram no século XVIII. Foram emitidas pelas Companhias régias criadas pelo Marquês de Pombal, para desenvolvimento da economia. As companhias foram a Companhia do Comércio da Ásia (1753), a Companhia do Grão-Pará e Maranhão (1755), a Companhia de Pesca da Baleia e a Companhia das Vinhas do Alto Douro (1756) e a Companhia de Pernambuco e Paraíba (1759).<ref>Acções do Século XVIII, XIX e XX (em português). Museu do Papel Moeda (23 Abr 2008).</ref>

O Museu do Papel Moeda, no Porto, tem em exposição acções variadas de companhias privadas, do Banco de Portugal e de bancos privados, entre outras. As do século XIX e dos primeiros anos do século XX são, devido às ilustrações, verdadeiras obras de arte. As mais importantes e raras são as da época do Marquês de Pombal e as que Rafael Bordalo Pinheiro desenhou para a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.

Referências

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Ver também